A contratação de Neymar pelo PSG é uma vitória também do jornalista Marcelo Bechler. O correspondente do canal Esporte Interativo na Espanha foi o primeiro repórter a anunciar a conclusão da negociação. Xingado nas redes sociais, ameaçado e ridicularizado até por colegas pelo furo jornalístico, ele agora se prepara para o desfecho da história. O mineiro de 30 anos, há dois em Barcelona, acumula também funções no jornal Lance, nas rádios Itatiaia e Mix. Ele viajará nesta quinta (3) para Paris, onde seguirá acompanhando os passos de Neymar.
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Está consagrado, Marcelo?
Na verdade, acho perigosa essa história de um jornalista se torne tanto a notícia assim. Aliás, isso só dá mais trabalho para nós. Mas foi legal, hoje (quarta) teve muita gente me dando parabéns, depois de tanto tempo sendo xingado. Falei na TV mais cedo, que após a 40ª ofensa, tudo fica igual para nós, mas minha mãe, minha irmã e minhas tias viam coisas muito ruins nas redes sociais.
Em algum momento temeu por não fechar o negócio?
Tinha nove fontes garantindo a negociação. Nenhuma era empresário, amigo ligado ao jogador. Mas eram nove pessoas diferentes assegurando que ele não ia continuar. Então estava bem tranquilo. Confesso que só tive medo quando o Piqué postou a foto no Instagram (o zagueiro do Barcelona colocou uma imagem com Neymar na rede social com a legenda "Se queda", traduzida como "Permanece"). Mas quando o Piqué foi para a entrevista e não confirmou que o Neymar ficaria mesmo, era certo que a negociação estava concluída.
Para um repórter de uma emissora brasileira, como foi a repercussão na Europa?
Entre os colegas, excelente. Fui chamado para programas de rádio e TV, praticamente todos me creditaram. Fiquei conhecido por questionar o presidente do Barcelona, e nem era minha intenção. Era uma informação. Na verdade, sabia que seria uma notícia mundial. Só não tinha ideia do que significava dar uma notícia mundial. Antes de anunciar a informação no ar, conversei com a direção do Esporte Interativo, a quem agradeço muito, porque sempre me apoiou. Foi uma ótima orientação. Agora me perguntam se vou ficar marcado por isso. Bom, tenho 11 anos de jornalismo, mas se precisava disso para ser reconhecido, bem: prazer, sou o Marcelo.
*ZHESPORTES
