Quem assistiu ao jogo desta noite no Alfredo Jaconi deve estar ainda se perguntando quantas bolas o CRB chutou contra a meta de Matheus, arqueiro do Juventude. Pasmem: uma só e quase no final da partida. De resto, uma única cabeçada, na cobrança de um escanteio, obteve o que queria, que era levar o empate.
Durante todo a partida, o CRB usou e abusou de se fechar em 10, com uma linha de quatro mais atrás e outra de cinco na intermediária, deixando apenas um atacante solitário e extraviado lá na frente. Pronto.
Pois essa tremenda retranca, que veio do calor nordestino para a gélida noite do inverno serrano gaúcho, constituiu-se numa fortaleza intransponível. Ou quase. Só cedeu quando o Juventude abriu a contagem, dando a impressão de que a vitória chegaria com certa facilidade.
O domínio alviverde foi absoluto e total. Mas, exigiu muitas trocas de passes na vã tentativa de furar o bloqueio alagoano. E, assim, sem condições para vazar o arco contrário, o jogo foi se conduzindo para o seu final, frustrando os heróicos torcedores do Papo que tiveram a coragem de comparecer ao estádio.
De qualquer maneira, o empate acabou sendo um resultado satisfatório. Mas, convenhamos: poderia ter sido melhor. O que faria justiça.