Mais uma má partida, a quinta seguida, com atuação deprimente. Está dito praticamente tudo: o Juventude outra vez não se encontrou a si mesmo. Dá, inclusive, a impressão de descontrole psicológico e que pode ser interpretado das mais diversas maneiras.
Por exemplo: não terá a longa permanência no G-4 subido na cabeça de alguns jogadores e até mesmo da comissão técnica? "Achando que podiam se achar"? Ou seja: subiu à cabeça uma falsa ilusão e, sobretudo, fora de hora.
Leia mais:
Juventude pouco produz e sofre a segunda derrota dentro de casa
Gilmar Dal Pozzo lamenta gol do adversário no início: "Nós não tivemos a capacidade"
Outra possível explicação envolve exatamente o oposto: despreparo técnico e também mental para uma eventual queda. Um grupo não devidamente capacitado para assimilar o declínio e, por consequência, faltando energia para recuperar o terreno perdido.
Sejam lá quantas causas possam ser elencadas, há que se verificar que dois ou três jogadores não estão rendendo bem há algum tempo. O zagueiro central Domingues é um deles. Prova: o penâlti quase infantil por ele cometido. Mas não só por isso. Wanderson, por mais esforçado, não apresenta desempenho convincente, mesmo que não seja titular, mas que por necessidade, por falta de condições clínicas de Fahel, participou de todo o jogo sem que nada demonstrasse. E Caion e nada, lá na frente, é a mesmíssima coisa. Começa-se o jogo com um jogador a menos. Foi o que aconteceu.
Por fim: Tiago Marques não tem como produzir na área adversária jogando isolado, sem um companheiro do mesmo nível. E os jovens da casa, como Kevin e Vacaria, estão sendo penalizados em detrimento de atletas que estão devendo. Sem se falar em Sananduva que logo que estiver em forma tem que estar nesse time.
Fica o alerta do sinal vermelho, da área de perigo para sair da zona de conforto ou desconforto. Continua sendo fundamental permanecer na Série B. Deixemos as ilusões somente se o Juventude voltar a ser o que tinha parecido ser.