Foi uma questão familiar que pesou para o mineiro Rodrigo Fabiano Mendes escolher o Rio Grande do Sul como lar. Após quatro passagens pelo Grêmio, em 2009 ele voltou ao Estado, desta vez para defender o Novo Hamburgo. Os filhos, Roderick e Chiara, foram matriculados no Colégio Farroupilha, na Capital. Três anos depois, o atacante resolveu encerrar a carreira. A essa altura, as crianças já estavam adaptadas e não queriam mais voltar ao Rio de Janeiro, antiga base da família.
– Comecei a desenvolver meus projetos aqui. Tinha até receio de voltar ao Rio e começar tudo do zero – conta Rodrigo, 41 anos, ainda com leve sotaque carioca.
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Já são quase 10 anos de residência fixa no Estado, no bairro Três Figueiras. No condomínio, é vizinho de jogadores como Marcelo Grohe, Guiñazu e Fernandinho. O filho mais velho, Roderick, 19 anos, nasceu em Porto Alegre durante a segunda passagem do ex-jogador pelo Grêmio. Chiara, 13 anos, não é gaúcha de nascimento, mas é a mais habituada com os costumes e tradições do Estado. Já a mulher, Simone, é a que mais sofre.
– Para uma carioca, é um pouco complicado aguentar o frio (risos).
Depois de deixar os gramados, Rodrigo formou-se em Administração na ESPM e fez especialização em Gestão Esportiva. Também fez curso de formação de treinadores na CBF e foi técnico em um projeto em Ivoti e nas categorias de base do Novo Hamburgo. Agora, porém, está totalmente voltado ao software de gestão esportiva que desenvolveu com um sócio e, principalmente, no Centro Esportivo Rodrigo Mendes, moderno complexo com campos de futebol sete que ergueu no bairro Protásio Alves, zona norte da Capital.
– Optei por empreender. Pretendo ganhar espaço como gestor no meio esportivo – destaca.
Futebol, o artilheiro da Libertadores de 2002 joga com outros boleiros que se aposentaram. O time de pelada conta com Caíco, Vinícius e Régis, todos ex-Inter, e Cassiano, ex-Grêmio. Também tem amizades no grupo de pais do Colégio Farroupilha e no condomínio onde reside.
Como o contrato de locação do terreno do centro esportivo é de 20 anos, prorrogáveis por mais 20, Rodrigo Mendes não tem planos de deixar Porto Alegre. Sobre os costumes gaúchos, diz ter adotado o churrasco. Já o chimarrão não faz parte da rotina:
– Minha mulher é muito carnívora, aprendi a fazer churrasco na marra (risos). Já o chimarrão não me atraiu, sou muito do café e do pão de queijo.
*ZHESPORTES
