A disputa da fase final da Liga Mundial 2017, em Curitiba (PR), terminou sem o sonhado título. A organização e estrutura, porém, foram elogiadas por torcedores, atletas, técnicos e diversos responsáveis pela realização do espetáculo. Em cinco dias de competição, o voleibol levou 66.933 pessoas à Arena Atlético Paranaense, feito que repercutiu pelo mundo.
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Uma estrutura foi montada sobre o gramado, com uma arquibancada mais próxima sendo erguida no entorno da quadra em projeto focado em uma visão sem "pontos cegos". Mais de 800 toneladas de material e 500 pessoas participaram do processo. O diretor executivo da Confederação Brasileira de Voleibol, Radamés Lattari, elogiou o resultado.
– Estou muito orgulhoso de estar comandando essa equipe neste momento, pois acredito que foi um trabalho e um desafio gigantescos. Um trabalho de equipe, realizado com o apoio do Atlético Paranaense, da Federação Internacional de Voleibol e dos nossos apoiadores. Todos que foram à arena puderam assistir aos jogos com conforto, segurança, aproveitar um espetáculo com as melhores seleções do mundo. Foi uma vitória do voleibol brasileiro, e por consequência até do esporte brasileiro – destacou Radamés Lattari.
Além do alto nível dos jogos, fora de quadra várias ações foram oferecidas para que o público tivesse a melhor experiência possível. Uma loja oficial da Asics vendeu os produtos das seleções brasileiras, enquanto no estande do Banco do Brasil, os apaixonados pelo vôlei receberam brindes e contaram com sessão de autógrafos de ídolos como o campeão olímpico Emanuel, além da animação do "Zé Caré", mascote oficial.
Uma mini quadra de voleibol foi montada pela Delta Airlines, companhia aérea parceira do vôlei brasileiro, para que a torcida pudesse disputar sua própria partida. Outro destaque foi o lançamento na cidade da biografia do bicampeão olímpico e ídolo Serginho, escrita pelo jornalista Daniel Bortoletto, com sessão de autógrafos de ambos.
A inovação da fase final em Curitiba – pela primeira vez a etapa que define o campeão foi disputada em um estádio de futebol – contou com extensa cobertura da imprensa nacional e internacional. Foram 120 jornalistas credenciados para o evento, inclusive com representantes da mídia da Sérvia, França e Canadá. Além disso, todos os duelos da semana foram exibidos ao vivo pelo SporTV, enquanto os jogos do Brasil também foram transmitidos ao vivo pela TV Globo.
Na decisão entre Brasil e França, 23.149 pessoas estiveram presentes empurrando a seleção, fato elogiado pelo técnico Renan Dal Zotto.
– O evento como um todo foi espetacular. Uma estrutura impressionante, que atendeu a todas as seleções da maneira ideal, o público compareceu, participou da festa junto com as equipes e que bom que tivemos a oportunidade de participar de algo que acredito que vá entrar para a história do voleibol – declarou o treinador da seleção brasileira masculina.
As ações sociais também estiveram presentes, com mais de cinco mil crianças sendo convidadas a acompanhar os jogos ao longo de toda a semana. Estiveram na arena jovens dos projetos Leões do Vôlei, do campeão olímpico Emanuel, Gibinha, do ídolo Giba, e do projeto ‘Escola+Esporte=10’, da prefeitura municipal de Curitiba, além de vários colégios da cidade.
O estádio em Curitiba recebeu uma partida de vôlei pela segunda vez. A primeira foi em setembro de 2016, em uma partida comemorativa pela conquista do ouro olímpico contra a seleção de Portugal. Na ocasião, o Brasil venceu por 3 sets a 0 diante de 33 mil pessoas.