A partida entre Náutico e Juventude marca um importante reencontro para um grupo de profissionais que começou o ano fazendo história no Rio Grande do Sul. Os campeões estaduais pelo Novo Hamburgo. Na equipe alviverde estarão em campo o goleiro Matheus Cavichiolli e o meia-atacante Juninho. Outro que levantou o caneco do Gauchão e que veste a camisa alviverde é João Paulo, mas o centroavante não viajou ao Nordeste.
Pelo lado do Náutico, além do lateral Léo, do zagueiro Léo Carioca e do volante Amaral, estará o comandante na conquista do Noia, o técnico Beto Campos. Ele tem no clube do Recife o principal desafio de sua carreira. Não só por ser um clube de Série B do Brasileiro, mas também pela situação em que se encontrava o Timbu quando assumiu.
Ainda na lanterna, já são cinco partidas de Beto à frente da equipe pernambucana. A primeira vitória foi conquistada no último jogo, 1 a 0, contra o ABC, fora de casa. O problema, segundo o treinador, vem de antes da sua chegada ao clube.
– O Náutico fez uma folha salarial muito alta. Quando viu que não tinha condições de manter, buscou os atletas para fazer acordo de redução de valores. Uns não concordaram e o clube não conseguiu segurar. Aí começou a situação de buscar jogadores da base, contratar atletas e isso ainda é uma dificuldade que estamos enfrentando aqui. Tem atletas chegando, alguns que ainda não estrearam – avaliou o técnico.
A chegada dos três campeões pelo Novo Hamburgo se deu após o começo do trabalho de Beto Campos em Pernambuco. O técnico entende que a adaptação rápida dos atletas deve acontecer pelo conhecimento a sua forma de trabalho:
– São jogadores que a gente conhece, estão dentro da filosofia do clube em relação a folha salarial, têm qualidade nesse momento para jogar aqui no Náutico e estão tendo uma oportunidade importante. Esperamos um somatório de fatores positivos para que eles consigam render tudo aquilo que a gente sabe que podem.
Reencontro de campeões
A boa relação de Beto com os jogadores juventudistas foi importante na conquista anilada. Agora em lados opostos, Matheus Cavichioli sabe que as informações do que viveram ao lado dos rivais será importante.
– Meu inimigo dentro das quatro linhas, mas fora um cara que eu tenho um apreço muito grande, meu amigo. Nos conhecemos bastante. Sei que ele vai passar muita coisa minha, do Juninho, por termos trabalhado com ele. Na hora que precisar, vamos passar alguma informação de acordo com a formação que ele vai fazer para a equipe – admite o camisa 1 alviverde.
Além dos dois atletas que estiveram no estadual deste ano, mais dois jogadores do grupo de Dal Pozzo trabalharam com Beto Campos.
– O Matheus e o Juninho são jogadores de qualidade, que vem de um título importante. No grupo tem o Wanderson e o Wallacer que também trabalharam comigo. Sei da qualidade do grupo e do trabalho do Gilmar – avaliou o técnico, que reconheceu o bom momento do Ju:
– Preparou-se muito e teve tempo para se arrumar para a Série B. Não surpreende. É um campeonato muito difícil, longo, são times qualificados e parecidos. O que fará diferença é que quem mantiver a qualidade vai chegar. Vejo que o Juventude tem grande possibilidade de estar ao final entre os quatro.