Há um mês, a vida de Beto Campos mudou. O título gaúcho com o Novo Hamburgo o colocou em um novo patamar na carreira – e, quase imediatamente, apareceram ligações com sondagens e propostas. O curto período sem clube serviu para que o treinador fizesse intercâmbios, avaliasse o seu próprio momento e visitasse o Flamengo.
No Rio de Janeiro, participou de treinamentos, reuniões para construção de estratégias de jogo e viveu o dia a dia de um grande. Agora, se vê pronto para voltar ao trabalho – e já conversa com alguns clubes para implementar sua metodologia, adaptada ao que aprendeu desde o maior feito da carreira.
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Como foi a sua experiência no Flamengo?
Foi muito produtiva, porque a gente vê que a metodologia de trabalho é parecida com que a gente vem fazendo. A estrutura é bem maior, claro. Mas em termos de plano de jogo, treinamentos, tudo que eu vi é muito parecido com que eu já faço. Fui muito bem recebido pelo Rodrigo Caetano, pelo Zé Ricardo.
Você fez parte da rotina da comissão técnica?
Sim. Participei de treinos, estive dentro de campo. Trocamos ideias, observei os trabalhos, estive em reuniões com a comissão técnica.
O ritmo de um clube de Série A é muito diferente?
A diferença que deu para ver em relação ao que eu venho fazendo é a estrutura. Eles têm muito mais ferramentas para acompanhar o atleta. No mais, em termos de trabalhos de campo, intensidade, tempo, é praticamente tudo igual.
E na comparação com a dupla Gre-Nal?
Internamente, não conheço Grêmio e Inter, mas acredito que são muito parecidos. Os clubes grandes têm trazido muita coisa de fora. Hoje, por exemplo, se trabalha muito pouco em academia. É mais trabalho funcional. Só tem academia para o jogador que está se recuperando de lesão. Muito do que a gente tem feito no Interior.
Você já assimilou o que a conquista do Gauchão representa na sua carreira?
Com certeza, a gente sabe o tamanho do título. No momento, recebi alguns convites e várias sondagens de clubes da Série B, até clubes da Série A. Mas até o momento, eu não defini nada. Mas eu vi que esse título nos coloca em outro patamar na carreira.
Por que a ideia de ficar este tempo sem clube?
Quis dar uma observada, trocar ideias, fazer este intercâmbio. Agora, já estou conversando com alguns clubes.
Estes conteúdos de estudo são um ponto na conversa com os clubes?
Tudo o que eu observei neste intercâmbio, vou agregar muita coisa. Com os clubes que venho conversando, geralmente é uma situação complicada. Sei que, no momento que definir, vou pegar um clube em um momento que não é bom, por isso há a troca de comando. Mas tenho passado minhas ideias, como gostaria de trabalhar.
Você ainda pretende fazer mais visitas a outros clubes?
Tem uma situação que pode acontecer, sim. Mas agora tudo depende de se eu vou recomeçar a trabalhar.
*ZHESPORTES