Apesar do título do Gauchão, o Novo Hamburgo ainda não tem presença confirmada na Série D. A principal missão da direção nesta semana será buscar patrocínios para viabilizar a participação na competição nacional e não fechar o futebol profissional no segundo semestre.
Questionado sobre a competição nacional, após o título do domingo, o vice de futebol Everton Cury afirmou que o Noia vai "dar um jeito" de estar na Série D.
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Saídas
O volante Jardel foi o único jogador que procurou os dirigentes antes da final contra o Inter para avisar que já tinha acerto com outro clube. Na terça-feira, ele se apresentará no Londrina para a disputa da Série B. O goleiro Matheus, por sua vez, está acertado com o Juventude. E os dirigentes do Noia sabem que será muito difícil evitar uma debandada dos principais jogadores, que terminaram o campeonato valorizados. A ideia, porém, caso o clube dispute a Série D, é manter pelo menos metade do time titular que jogou a decisão.
O técnico
Após o treino de sexta-feira, antes da viagem a Caxias do Sul, o técnico Beto Campos procurou a direção para avisar que não tinha nenhuma conversa oficial com o Vitória, como chegou a ser especulado. Se não receber uma proposta de um clube que esteja ao menos na Série B do Brasileirão, o treinador não descarta permanecer no Estádio do Vale para comandar a equipe na Série D.
Quem pode ficar
Se jogar a Série D, a principal referência da equipe do Novo Hamburgo deve ser novamente o meia Preto. Natural da cidade, o jogador de 35 anos dificilmente deixará a equipe. Já o zagueiro Júlio Santos, também com 35 anos, já deu sinais de que deseja ficar no clube. A direção acredita ainda que conseguirá manter o volante Amaral, um dos principais nomes do meio-campo anilado no Gauchão. Além disso, alguns reservas no Estadual devem ser promovidos ao time titular, como o volante Tiago Ott e o atacante Lucas Santos. O meia-atacante Conrado, que não atuou na fase final por conta de uma lesão, também deve ser um dos principais nomes. O grupo será completado com jogadores buscados especialmente no futebol gaúcho, no interior do Paraná e no Nordeste.
Dificuldades financeiras
O Novo Hamburgo acha muito difícil aproveitar o embalo da campanha no Gauchão para repetir a trajetória de ascensão do Juventude e do Brasil de Pelotas, que alcançaram a Série B do Brasileirão.
– A economia brasileira está terrível hoje em dia. Na época do Juventude e do Brasil, havia mais facilidade de conseguir patrocínios – lamenta o presidente Juarez Radaelli.
Com pés no chão, a primeira meta será viabilizar a participação na Série D. Para isso, a folha salarial do Gauchão, de R$ 180 mil, terá que cair pela metade. A ausência de verba de TV e a falta de grandes jogos diminui a perspectiva de receita no segundo semestre. A definição ocorrerá nesta semana.
Calendário
Caso o clube confirme a disputa, a estreia ocorrerá no dia 21 de maio, no Estádio do Vale, contra o São Bernardo. O Novo Hamburgo está no Grupo A16, que tem também Inter de Lajes e J. Malucelli.
* ZH Esportes