Pelo quarto ano consecutivo, o Sada/Cruzeiro conquistou o título de campeão da Superliga. Com o Mineirinho, em Belo Horizonte, recebendo quase 14 mil torcedores, o time derrotou o Funvic/Taubaté por 3 sets a 1, parciais de 25-22, 25-22, 18-25 e 25-19. Este é a quinta conquista do Cruzeiro na competição em 11 anos.
Desta vez, o desafio do time comandado por Marcelo Mendez foi maior do que em anos anteriores. Motivo: duas peças-chave em campanhas recentes estavam do outro lado de quadra.
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Wallace e Eder deixaram o Sada/Cruzeiro ao fim da Superliga passada e passaram a ser reforços de peso para o Taubaté. A comissão técnica apostou em Evandro, reserva de Wallace na Seleção, e no cubano Simon. No meio de rede, uma reposição incontestável, com um dos melhores do mundo na posição chegando para fazer estragos. Na reposição na saída de rede, Evandro surpreendeu, sendo importante no ataque e no saque.
Enquanto isso, velhos conhecidos da torcida celeste seguiram no time e mais uma vez se destacaram: William, Serginho, Filipe, Isac e o cubano naturalizado brasileiro Leal.
Nos dois primeiros sets, o panorama foi parecido. Saques forçados na maior parte do tempo, placar equilibrado e, na hora de decidir, vantagem do Cruzeiro. Na primeira parcial, o Taubaté chegou a marcar cinco pontos de bloqueio. Seria suficiente para vencer quase todos os rivais. Mas o time mineiro não perdeu o equilíbrio e conseguiu abrir pequena vantagem numa passagem de Leal pelo saque. No segundo, mesmo sem tamanha eficiência do block, os paulistas largaram bem, abrindo 7 a 3. O comando do placar foi mantido até o 18 a 16, quando nova passagem de Leal pelo serviço voltou a desequilibrar. O Cruzeiro virou com o mesmo placar do set anterior.
Cezar Douglas mexeu na estrutura da recepção para o tudo ou nada, com Japa no lugar de Lucas Loh. Com boas passagens de Wallace, Eder e Lucarelli pelo saque, Taubaté começou novamente na frente, desta vez abrindo seis pontos: 10 a 4. Mas rapidamente a diferença começou a despencar. E o desafogo de William no ataque foram os centrais Isac e Simon. No 13-15, o técnico de Taubaté pediu tempo. E a reação parou por ali. Lucarelli virou bolas importantes no ataque, o saque voltou a funcionar e um ace de Eder fechou a parcial.
Alguns erros de Taubaté no início do quarto set permitiram que o Cruzeiro abrisse 10 a 7. A pressão no saque também diminuiu bastante. E esses dois aspectos deram o conforto que os mineiros precisavam. Apesar dos gritos de "Eu acredito" da torcida paulista, a final tomou o rumo que a maioria esperava. O Taubaté perdeu a cabeça, com discussão entre os próprios jogadores. Foi então contagem regressiva até o último ponto, marcado por Isac. 25 a 19, 3 sets a 1 e pentacampeonato da Superliga para o Sada/Cruzeiro.
*Lancepress