O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), o alemão Thomas Bach, defendeu nesta terça-feira o legado dos Jogos Olímpicos do Rio-2016, após as críticas recebidas pelo abandono e deterioração de várias de suas instalações.
– Todos acreditamos que estes Jogos foram um grande sucesso, sob circunstâncias muito difíceis num tempo muito complicado para o Brasil e para o Rio de Janeiro. É importante lembrar que foram os Jogos de maior audiência da história – defendeu o presidente do COI, durante Assembleia-Geral Ordinária da Organização Desportiva Pan-Americana (Odepa).
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A polêmica recaiu sobre o Rio nos últimos meses, com paisagens desoladoras: materiais de construção abandonados, assentos empilhados e bueiros destampados. Sem contar a piscina de aquecimento, na qual há alguns meses Michael Phelps se preparava para reescrever a história olímpica, que hoje se tornou um criador de mosquitos.
– Hoje há um grande debate sobre o legado deste Jogos. Você pode sentir o legado só estando lá, vendo o transporte, as infraestruturas, etc – continuou Bach.
Bach foi adiante em sua análise.
– É preciso colocar em perspectiva a situação do país. A crise no Brasil é ainda mais profunda do que há algumas semanas. Por isso, não é fácil que isso (o legado) seja prioridade quando a crise é tão profunda. Visto por esta perspectiva, temos confiança que o Rio está melhor depois dos Jogos e vai seguir se desenvolvendo nos próximos meses e anos – concluiu Bach.
Bach chegou a Punta del Este, no Uruguai, no fim de semana e viajará na quarta-feira a Buenos Aires para supervisionar os avanços na organização dos Jogos da Juventude, os primeiros fora da Ásia, que serão realizados em 2018.
*AFP