O Brasil-Pel projetou um ano promissor em 2017. No primeiro semestre, uma participação inédita na Primeira Liga, um torneio em nível nacional que possibilita uma projeção interessante do clube, e mais um ano na Primeira Divisão do Gauchão. No segundo semestre, participação na Série B do Brasileiro pelo segundo ano seguido. Patrocínios interessantes, verba da TV polpuda para um clube de porte ainda médio e o Estádio Bento Freitas sendo reformado e modernizado. Este quadro traçado no fim do ano passado injeta em nós, xavantes, esperança e boas expectativas.
Porém, ao entrar no terceiro mês do ano, tenho visto a arrancada de 2017 com alguns percalços. Dezesseis jogadores deixaram o Bento Freitas. Houve reposições que ainda não engrenaram, até pelo pouco tempo. O Gauchão tem apenas 11 rodadas na fase de grupos que vai apontar os oito primeiros que passarão para as fases de mata-mata e os dois últimos que serão rebaixados. O xavante está na oitava posição, no grupo de classificação para os mata-mata. Conquistou até agora sete pontos. No entanto, a diferença para os dois rebaixados do momento, Passo Fundo e Ypiranga, é de apenas três pontos.
Se dentro do campo ainda há pendências técnicas, fora do campo uma excelente notícia é a formalização do patrocínio com a Caixa Econômica Federal. O contrato será de um ano e o banco terá sua marca no fardamento xavante, em espaços nas redes sociais e ainda no estádio Bento Freitas. O Brasil será o primeiro clube do Estado a ser patrocinado pela Caixa, que já patrocina clubes dos portes de Flamengo e Atlético-MG, entre outros.
Outra boa notícia é que a reforma do estádio xavante finalmente dá sinais de que engrenou de vez. Bombeiros e clube definiram recentemente os passos para liberação em definitivo da primeira arquibancada, já para a partida contra o Grêmio pelo Gauchão, dia 15. Também foi definida a sequência da construção do anel inferior junto à goleira do lado esquerdo das cabines de imprensa.
O mais importante é que o Brasil está superando suas dificuldades caminhando para a frente. O ritmo da caminhada, porém, é inversamente proporcional à complexidade da missão de um clube que decidiu mudar de patamar. E essa trajetória é longa, mas o clube tem a vantagem de ser amparado por uma imensa e fanática massa humana que é a inigualável torcida xavante.