Negociado pelo Grêmio no último final de semana, Walace já se apresentou ao Hamburgo e é o grande reforço do clube alemão para a briga contra o rebaixamento na Bundesliga. Rogério Braun, empresário do atleta, revelou em entrevista ao Estúdio Gaúcha que já foi assediado por outros clubes europeus em outras oportunidades.
– Há dois anos o Basel manifestou interesse nele e nós comunicamos o Grêmio. Não gerou uma oferta pois o clube não quis vender. É um clube que frequentemente joga a Champions League. A liga da Suíça é menor, mas é uma boa adaptação na Europa. Há um ano e meio, a Fiorentina fez uma oferta. Na ocasião, o presidente ainda era Fábio Koff. O Grêmio não quis vendê-lo e a gente também não fazia questão, pois entendíamos que ele podia se valorizar mais. No verão passado tivemos uma oferta do Espanyol (...) e, naquele momento, o clube também não quis. O Walace acabou se envolvendo com Jogos Olímpicos e não quisemos tirar o foco dele. Além disso, também tinha um desejo do Walace de conquistar um título para a torcida. Ele tinha este desejo antes de sair e ele atingiu este objetivo com a Copa do Brasil – revelou.
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Braun entende que alguns gremistas não estejam felizes com a saída do atleta, mas disse que a venda de Walace está longe de ser um negócio ruim para o clube. De acordo com ele, o volante está entre as cinco maiores vendas da história do Grêmio e também entre os cinco maiores negócios do Brasil entre jogadores da mesma posição.
O agente também salientou a vontade do clube de permanecer com o jogador. Romildo Bolzan Jr. e Odorico Roman fizeram tudo que estava ao alcance deles para que o meio de campo ficasse em Porto Alegre.
– O presidente do Grêmio fez de tudo para o Walace ficar, eu posso garantir isto. O Walace tinha um contrato de apenas um ano e meio, pouca gente sabia disto. É um contrato relativamente curto. Tínhamos conversado que, se ele não fosse vendido, iríamos conversar sobre uma renovação e valorização de salário após a janela de inverno da Europa. Como a proposta veio antes – uma oferta tentadora – aliado ao desejo dele de começar um desafio novo, negociamos. A proposta foi interessante e eu prefiro não falar de números – falou.
O próprio staff do campeão olímpico esperava que ele pudesse ser negociado apenas na metade do ano, afinal, é onde os clubes acabam fazendo seus maiores investimentos. Porém, a situação complicada do Hamburgo no campeonato alemão fez com que os dirigentes do clube tivessem que fazer um grande investimento na janela de meio de temporada.
– A contratação do Walace foi uma resposta para a torcida, para o próprio elenco e também para os adversários. O Hamburgo visa no Walace um acréscimo de qualidade importante. Ele não pode ser o protagonista, pois na posição dele ele não fará a diferença como um jogador de meio ou de ataque – relatou Rogério Braun.