Retorno a falar sobre a filha do técnico Renato Portaluppi, cuja a invasão de campo acarretou em uma multa de R$ 50 mil ao Grêmio. Se ela não tivesse sido contida, certamente aconteceria uma hecatombe na Arena, em função da periculosidade da menina. Como procedo em todos os julgamentos, seja qual for, até por força de ofício, não fiz nenhuma crítica à decisão, pois foi o entendimento dos que julgaram o caso.
Apenas estranhei, o que estou fazendo novamente agora. O TJD gaúcho julgou, ontem à tarde, as agressões e pedradas que ocorreram no jogo entre Inter e Veranópolis. Houve feridos. Poderiam acontecer mortes - imaginem se uma pedra daquelas tivesse atingido a cabeça de um torcedor ou de uma criança? E, em face da defesa muito bem feita pelos advogados colorados, o clube foi punido com uma multa de R$ 50 mil. Alguém disse que se tratam de dois tribunais diferentes, o que é verdadeiro. Mas, se não estou cometendo um ledo engano, a legislação é a mesma. Como sempre faço, respeito a decisão dos auditores, pois esse foi o entendimento deles.
A vida nos ensina algo novo
É importante que os leitores e esportistas possam tentar entender como a discrepância de conduta leva ao mesmo resultado, independente das consequências advindas. Mas, em direito, é assim. Quem não se dá por satisfeito, recorre. Mas isso não nos retira o direito de comentar as condutas, sem entrarmos no mérito das decisões, ou seja: se estão certas ou erradas. Cada dia, a vida nos ensina algo novo.
*Diário Gaúcho