Não deu para ninguém! Liderando desde os primeiros quilômetros a queniana medalhista de ouro na Rio-2016, Jemima Sumgong, faturou o lugar mais alto do pódio na 92ª edição da São Silvestre. Além de seu segundo título em solo brasileiro, a atleta ainda deixa seu nome na história da competição ao quebrar o recorde da compatriota Priscah Jeptoo, em 2011 (48min48s), chegando com o tempo de 48min34s.
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Mesmo admitindo que poderia enfrentar dificuldades durante os 15km, por precisar se mais veloz, já que ela vê a resistência como sua melhor qualidade. Porém a Jemima pareceu muito a vontade durante todo o percurso, como se estivesse passeando pelas ruas da capital paulista, que ela viu, pela primeira vez, na manhã deste sábado.
Nem o forte calor e alta umidade pareceram atrapalhar a queniana. Na hora da largada, exatamente às 8h40, os termômetros apontavam 25 graus. No final da prova, já se aproximava dos 30º. A umidade relativa do ar girou em torno dos 60%.
O pódio foi completo por Flomena Cheyech, Eunice Chumba, Ymer Ayalew e Ester Kakuri. A melhor brasileira colocada foi Tatiele de Carvalho, com a sétima posição.
Giovani chega em quarto
Colocado como o melhor entre os brasileiros, Giovani dos Santos fez uma boa prova e conseguiu melhorar seu resultado em relação à edição passada. Com o tempo de 45min30s, o brasileiro novamente foi o mais bem colocado do país, terminando na quarta colocação.
Sempre presente no pelotão de frente, o atleta chegou a liderar a prova, porém a subida da Brigadeiro Luis Antonio, juntamente com o alto ritmo imposto pelos africanos, fizeram com que Giovani se distanciasse.
- Eu fiz o que pude. Eu achei que na Brigadeiro eu poderia superar eles, mas não deu - afirmou à Gazeta.
Porém ele acredita que está cada vez mais perto do inédito título da São Silvestre e afirma que enquanto puder correr, participará do último evento do calendário esportivo.
- Quem sabe o lugar mais alto do pódio não vai chegar - disse à Gazeta.
O título de 2016 ficou com o etíope Leul Aleme, que marcou 44min51s, seguido por Dawit Admasu, Stephen Kosgei, Giovane dos Santos e Willian Kibor.
Rapazes sentem o forte calor
O forte calor que chegou aos 30 graus no encerramento da elite masculina castigou seus participantes. Assim que cruzaram a linha de chegada, os primeiros colocados mostraram muito cansaço, se deitando no chão, jogaram água no rosto e até tiraram os tênis.
Durante a premiação, o etíope, Admasu, passou mal e se retirou da cerimônia. Giovani dos Santos também não se sentiu bem durante a execução do hino nacional, mas atribuiu o desconforto ao forte ritmo da prova.