O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio (JAP), confirmados para 2020, anunciou nesta quarta-feira uma revisão da estimativa do gasto total com a realização do megaevento. A mais nova previsão é de que ele custará US$ 16,8 bilhões (R$ 56,4 bilhões).
Como comparativo, a Olimpíada do Rio de Janeiro, este ano, demandou R$ 39,07 bilhões, valor que ainda sofrerá um aumento até a divulgação oficial das despesas, em março. O número inclui tanto os recursos privados aportados, provenientes de patrocínios do Comitê Rio-2016, quanto os investimentos públicos feitos pelos três níveis de governo.
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Os japoneses deram uma sinalização mais clara sobre as despesas dos Jogos pela primeira vez desde que o país conquistou o direito de sediar a Olimpíada, em 2013. O tema é motivo de preocupação para o Comitê Olímpico Internacional (COI), que vem exigindo em sua nova agenda eventos mais baratos. Inicialmente, as autoridades avaliaram o empreendimento em US$ 6,2 bilhões (cerca de R$ 21 bilhões), mas o COI questionou a previsão.
Os organizadores de Tóquio 2020 modificaram até agora mais de um terço das sedes das competições esportivas com relação ao programa original, em uma tentativa de tornar o evento menos oneroso. O projeto do Estádio Olímpico foi um dos que acabou deixado de lado, devido ao alto custo. O governo aprovou em setembro um novo plano para a construção do local, já em obras, por US$ 1,5 bilhão (R$ 4,8 bilhões).
O custo do evento foi anunciado em uma reunião entre os entes envolvidos. O encontro também aprovou a construção de um novo estádio de vôlei para os Jogos, o Ariake Arena.
– Estamos felizes pelo progresso que continuamos a fazer. Eles vão seguir trabalhando e protagonizando este papel importante com o processo do orçamento – declarou John Coates, um dos vice-presidentes do COI.
*LANCEPRESS