O pai do lateral-esquerdo Alan Ruschel, da Chapecoense, viveu as horas mais complicadas de sua vida. Aguardando embarque para a Colômbia, onde acompanhará de perto a situação do filho, um dos seis sobreviventes da tragédia que matou 71 pessoas, Flávio Ruschel falou sobre o acidente.
– Foram horas de muita aflição, de quase desespero. Mas, ao mesmo tempo, de muita fé em Deus de que não teria acontecido o pior. Não só com o Alan, mas com todos. A gente sempre pensou no melhor, até ter a notícia de que ele estava vivo. É um milagre – disse Flávio, em entrevista ao canal Globo News.
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Em entrevista à Rádio Gaúcha, a noiva de Alan, Marina Storchi, já havia revelado que marcaria a data do casamento. O pai contou que, na chegada ao hospital em Medellín, na Colômbia, o lateral pediu aos médicos que a aliança fosse guardada.
– Segundo as informações que tenho, estava consciente. Mas em estado de choque, abalado, perguntando pela família. Ele pediu para alguém que estava lá, falou com esta pessoa. Queria saber onde estava a família. Estava em estado de choque e pediu para guardar a aliança – disse Flávio.
Segundo informações do hospital em que foi atendido, o lateral teve múltiplas fraturas nos braços e nas pernas e teve uma lesão na coluna. Ruschel passou por cirurgia e foi transferido para outra clínica da região.
O correspondente na Colômbia da ESPN, Luís Fernando Dominguez, informou no final da tarde desta terça-feira que Alan Ruschel mantém a sensibilidade nos membros e poderá recuperar os movimentos. Segundo o repórter, a lesão na coluna vertebral do lateral ainda será reavaliada para determinar se o jogador de 27 anos terá alguma restrição de mobilidade.
*ZHESPORTES