A moldura da nova arquibancada xavante teve uma obra de arte assinada pelo maestro Diogo Oliveira. Aos 27 minutos do primeiro tempo de uma tarde absolutamente mágica no Bento Freitas, Sir Diogo brindou os xavantes orgulhosos que optaram em assistir o jogo da nova e imponente arquibancada. No último degrau, onde estava este amigo de vocês, foi possível ver, além do golaço, uma paisagem de parte da cidade de Pelotas. Este novo Bento Freitas será uma panela de pressão, como bem definiu o amigo Ivan Schuster no Blog Xavante.
O jogo contra o Vasco começou já com um belo cartão de visitas para quem estava na nova arquibancada. Aos dez segundos de jogo, Diogo Oliveira arriscou de longe e o goleiro Martin Silva mandou para fora. Na sequência, Washington desviou o escanteio no primeiro pau e o goleiro vascaíno fez outra boa defesa. Aos 26 minutos, o golaço: O maestro passou com categoria por William e mandou um canudo de fora da área, no ângulo, para explosão da massa no Bento Freitas. O primeiro tempo teve controle total do Brasil. O Vasco fez do goleiro xavante Eduardo Martini um assistente. Só faltou pedir um boné e uma gelada.
Já no segundo tempo, o Vasco veio com uma postura um pouco mais objetiva. O empate veio aos 3 minutos. O vice-artilheiro da competição, Nenê, recebeu na entrada da área e passou para Douglas que chutou. Martini ainda tocou na bola mas não evitou o empate carioca. O jogo a partir daí ficou muito no meio campo, e a bola parada passou a ser o principal recurso dos dois times. A partida se encaminhava para o empate. Mas aí, Rogério Zimmermann colocou Marcos Paraná no lugar do maestro Diogo Oliveira, que cansou.
Com tempo, Marcos Paraná mostrou o que todos já sabiam: o seu poder de decisão com chutes mortais. Eram 42 minutos; Ramon deu um belo passe para o Paraná que invadiu a área. A defesa do Vasco fez a "linha burra" e o meio campo xavante quase da linha de fundo bateu meio sem ângulo mas na gaveta. Bucha, 2x1 e explosão da Maior e Mais Fiel. O Brasil ainda teve as participações do volante Nem no lugar de Jonatas Belusso e Gustavo Papa na vaga de Ramon.
Uma baita vitória. Um baita sábado. Uma baita inauguração de arquibancada xavante. Eu compreendo e respeito quem não é sócio e não teve condições de pagar o ingresso de R$ 80, porém lamento por eles. Para quem foi, a tarde mágica ficará eternamente entre a retina e o coração rubronegro. Inesquecível. O Mais Humano dos Estádios, como definiu o mestre Ruy Carlos Ostermann, rugiu e sacudiu como nunca, ou como sempre, sei lá. Amanhã falaremos sobre o desafio chamado Vila Nova. Avante!