Ir ao cinema ver obras dos diretores Fernando Meirelles, Daniela Thomas e Andrucha Waddington não é novidade para ninguém. Acompanhar a cerimônia de abertura da Olimpíada do Rio, dirigida pelos três, em uma telona é que foi a novidade.
Cheguei sem pipoca e sem refrigerante, pronta para a experiência de imersão no espetáculo olímpico, mas já no início percebi que as regras comuns em salas de cinema não valiam para esta noite. Apresentadores exclusivos para a transmissão, feita em parceria com Rede Globo e Cinemark, tinham a missão de informar e animar. A orientação era manter o celular ligado e interagir pelas redes sociais.
– Você que está em Porto Alegre, faz barulho aí! – gritou um deles.
– Uhuuuu - responderam as cerca de 70 pessoas que estavam no local.
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A sala de cinema virou a sala de casa. Celular, barulho, comentários em voz alta. Mas o que podia ser um problema, virou o grande diferencial de acompanhar a festa do Rio 2016 no cinema.
A emoção que senti quando Paulinho da Viola cantou o Hino Nacional e a vibração quando Jorge Ben interpretou País Tropical foram compartilhados. Ver a sala inteira imersa na mesma sensação, algumas pessoas cantarolando junto as canções, tornou a cerimônia ainda mais bonita e tocante. A euforia foi completa quando a delegação brasileira entrou no Maracanã e a Pira Olímpica foi acesa. A sessão se encerrou com aplausos e uma plateia orgulhosa do que viu.