Segundo o jornalista Jamil Chade, do Estadão, o empresário Benny Alon acusou os sorteios da Copa do Mundo de serem manipulados. Alon trabalhou por anos na organização de Mundiais em parcerias com países-sede e empresas que sustentaram as operações de vendas de entradas para os torneios.
O executivo trava uma batalha judicial contra a Fifa e ajuda nas investigações da justiça suíça. Um dos casos citados por ele envolve o sorteio da Copa de 1994, nos Estados Unidos.
– Um dia antes do sorteio, estava com os organizadores que me confirmavam a pressão do México para jogar em Orlando. Não sei como fizeram com as bolinhas. Mas a realidade é que o pedido dos mexicanos foi atendido no sorteio - revelou.
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O desejo dos mexicanos estava ligado a uma importante comunidade de torcedores em Orlando e a interesses de patrocinadores. A seleção caiu no grupo E, que jogaria na Flórida e em Washington, com Irlanda, Itália e Noruega.
Segundo a reportagem, a Fifa foi procurada para responder às denúncias do executivo, mas não se pronunciou. Em junho deste ano, o ex-presidente da entidade, Joseph Blatter, disse em entrevista ao jornal argentino La Nación que sorteios para torneios europeus foram alvos de manipulação, mas que nunca houve irregularidades em Mundiais.
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