Nas grandes ligas esportivas dos Estados Unidos, os atletas formam associações (espécies de sindicatos) para defender os seus interesses junto aos times. No entanto, o sistema entre os lutadores de MMA não é tão afinado. Campeão interino dos penas do UFC, o brasileiro José Aldo afirmou que seria importante a união entre os atletas – sobretudo em um momento no qual o UFC foi vendido por US$ 4 bilhões e passará por uma troca de gestão.
– Sempre vou defender esse lado (dos atletas). Se nós fôssemos mais unidos, seria muito diferente. Estão criando agora a Lei do Ali. É um sindicato, e isso vai ajudar bastante. Sempre vou brigar pela melhora nas bolsas dos atletas, porque essa é a classe que eu defendo. Mas fiquei feliz pela venda também. Como o Dedé (Pederneiras, técnico) falou, eles merecem. Investiram milhões e milhões e vinham perdendo dinheiro até conseguir virar – destacou. Apesar da venda feita pelos irmãos Fertitta, Dana White seguirá com ações e na função de presidente.
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Para José Aldo, o ex-campeão meio-pesado Vitor Belfort seria um nome ideal para liderar uma associação de lutadores.
– Quando a gente criar, vai mudar bastante a nossa classe. Aquele atleta que está começando vai ter um respaldo maior. Um cara que tem um grande espírito de liderança é o Vitor Belfort. É um cara bem articulado, que tem a mente bem aberta. Ele, para mim, seria um cara excelente para mover isso. Ele ia ajudar bastante porque tem muita experiência e muita bagagem.
Os lutadores do UFC vivem debates em algumas negociações. Quando a organização assinou um contrato com a Reebok, por exemplo, forçou todos os seus contratados a usar o material esportivo do fornecedor oficial e cortou a chance da exposição de marcas dentro do octógono durante as lutas – o que deixou vários atletas descontentes.