Na véspera de mais uma partida do Xavante pela Série B nacional, me permitam expressar apenas minha alegria e euforia. Não pelo jogo em si, mas por um fato da maior relevância: trata-se de um resgate, do retorno definitivo a um local sagrado. O mais sagrado dos templos.
O Estádio Bento Freitas, agora com duas arquibancadas temporárias. Permanente, só o berro ensurdecedor da Maior e Mais Fiel. Permanente, só o ecoar dos surdos, caixas e tamborins sagrados da Garra Xavante.
Pedindo licença a Lulu Santos, peguei emprestado uma de suas poesias para celebrar esse momento especialíssimo.
Às vezes a tormenta
Fosse uma navegação
Pode ser que o barco vire
Também pode ser que não
Já dei meia volta ao mundo
Levitando de tesão
Tanto gozo e sussuro
Já impressos no colchão
Pois sempre tem a cama pronta
E rango no fogão
Luz acesa, me espera no portão
Pra você ver
Que eu tô voltando pra casa
me ver
Que eu tô voltando pra casa
Outra vez