Neste Brasileirão, os jogadores serão exigidos a correr como correm os europeus em seus campeonatos mais enxutos, com viagens mais curtas e temperaturas mais amenas.
Leia mais:
Juvir Costella: a importância do espírito olímpico em tempos de crise
Wendell Ferreira: um duelo para definir o futuro da NBA
Eliziário Goulart Rocha: jornalistas torcem para o Eu F.C.
Como aliar a eficiência e a regularidade nos jogos com um baixo índice de lesão ao longo do Brasileirão 2016? Esse é o desafio que comissões técnicas e setores de inteligência dos clubes terão pela frente para poder dar o melhor suporte possível aos atletas - que serão exigidos fisicamente como nunca antes foram ao longo de toda a história do campeonato brasileiro de futebol.
Em síntese, serão 38 rodadas de desafios e embates, onde os artistas principais sofrerão risco eminente de lesões, oscilações e quedas de rendimento. E isso tudo faz parte do jogo! Mas os clubes que fizerem melhor uso de informações inter-relacionadas, fornecidas por GPSs, imagens de vídeo, testes físicos, scouts, marcadores de estresse, entre outros, terão maior chance de êxito.
A virtude de antever problemas e até mesmo diagnosticá-los, aliada à capacidade de intervir na otimização do rendimento individual do atleta, é a grande contribuição que os setores de inteligência precisam fornecer durante esta maratona de jogos. Ou seja, a evolução do futebol brasileiro transcende em muito a simples implantação de conceitos táticos desenvolvidos nos grandes clubes europeus.
Entretanto, não basta simplesmente investir milhões de reais em tecnologia: será preciso
usá-la melhor do que os adversários a usam. Ou seja, em uma analogia, não basta comprar a melhor chuteira, pois todos a tem! Será preciso usá-la melhor! Será necessário jogar melhor também nos bastidores, ter craques em todas as áreas, pois esses aspectos estão fazendo a diferença nas estruturas mais avançadas.
Departamentos de Fisiologia não poderão ficar restritos somente a tentar prevenir lesões, assim como os departamentos de análise de desempenho não devem limitar-se apenas à análise tática da equipe e adversários.
Na era da informação, quem realmente entender melhor as derrotas em vez de justificá-las superficialmente levará vantagem sobre os demais.
*ZHESPORTES