A CBF é quase um feudo de treinadores gaúchos no Século 21. Desde o título mundial de Felipão na Ásia, em 2002, o banco de reservas da Seleção é ocupado por ex-treinadores da dupla Gre-Nal. Foram quatro em 14 anos: Felipão (duas vezes), nascido em Passo Fundo, Mano Menezes, Passo do Sobrado, Dunga (duas vezes), Ijuí, e agora Tite, Caxias do Sul.
A relação entre os quatro conterrâneos é fria, quase glacial e não estranharia o termômetro do Polo Sul. O mercado de treinadores é muito competitivo. Cada um cuida do seu quadrado.
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Felipão e Tite não falam mais um com o outro. O primeiro lançou o segundo no futebol, na base da SER Caxias. O apelido Tite é obra de Felipão, que confundiu Adenor com outro garoto. Tite o tinha como professor e o consultou muito no começo da carreira. A boa e simpática relação congelou quando trabalhavam em São Paulo, em 2011. Discutiram. Bateram boca na beira do gamado num jogo entre Palmeiras e Corinthians. Nunca mais tiveram contato.
Com Mano, Tite não tem amizade, qualquer relacionamento. São apenas colegas de profissão. Não conversam. Quando Tite deixou o Corinthians campeão do mundo, em dezembro de 2012, Mano foi contratado. Falaram brevemente por telefone, Tite estava em Porto Alegre, saindo de um supermercado, trocaram algumas informações, mas a conversa não prosperou.
Entre Dunga e e seu sucessor não há qualquer relação, contato.
Entre os ex-treinadores da Seleção, o mais próximo do novo comandante do Brasil é o catarinense Paulo Roberto Falcão. Eles são amigos. Quando se encontram sempre rola um diálogo legal. Há uma afinidade entre os dois treinadores.
*ZHESPORTES