Em jogo marcado por uma forte tempestade que interrompeu a partida por mais de duas horas, o Chile venceu a Colômbia por 2 a 0, nesta quarta-feira pelas semifinais da Copa América do Centenário, em Chicago, e reeditará a final do torneio anterior contra a Argentina.
Atuais campeões do torneio, os chilenos marcaram seus gols no início do jogo com Charles Aránguiz, aos 6 minutos, e José Pedro Fuenzalida, aos 10.
Na terça-feira, a Argentina havia se classificado à decisão do torneio com uma contundente goleada por 4 a 0 sobre os anfitriões Estados Unidos na outra semifinal, com direito a show de Lionel Messi.
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– Temos máximo respeito em relação à Argentina, a qualidade dos jogadores que eles têm, chegando em três finais seguidas de torneios internacionais (Copa do Mundo-2014 e as duas últimas Copas América). Mas temos tudo para jogar bem e ganhar novamente – analisou o goleiro e capitão chileno, Claudio Bravo.
Além da vitória chilena, a partida em Chicago ficou marcada pela grande tempestade que assolou a cidade no intervalo do jogo e obrigou o duelo a ser interrompido por mais de duas horas.
Quando a bola voltou a rolar, a Colômbia pressionou em busca do empate, mas a expulsão do volante Sánchez no início da segunda etapa acabou sendo a gota d'água para garantir o triunfo dos chilenos.
Início avassalador
Para o duelo contra a Colômbia, o técnico do Chile Juan Antonio Pizzi, não pôde contar com dois importante jogadores, os volantes Arturo Vidal e Mauricio Isla, ambos suspensos.
O time tinha algumas mudanças, mas, para azar da Colômbia, o Chile entrou em campo como se ainda estivesse jogando contra o México e em 10 minutos já vencia por 2 a 0.
Além de mostrar a mesma agressividade na marcação e velocidade no ataque do que na impiedosa goleada sobre os mexicanos, os comandados do técnico Juan Antonio Pizzi ainda contaram com a generosa colaboração da Colômbia para abrir o placar.
Aos 6 minutos de jogo, Fuenzalida recebeu na direita e cruzou na área colombiana. Cuadrado, ao tentar afastar o perigo, acabou ajeitando de cabeça na medida para Aranguiz só empurrar para as redes.
Característica desta equipe, a 'Roja' aproveitou a abertura do placar para aumentar a pressão em busca de uma vantagem ainda maior, e ela veio quatro minutos depois.
No lance, Alexis Sánchez recebeu na ponta-esquerda, invadiu a área, cortou o marcador e armou a bomba. A bola caprichosamente foi parar na trave, mas no rebote Fuenzalida, completamente desmarcado, tocou para o fundo das redes.
Ao contrário do México, que pareceu desistir do jogo contra os chilenos quando se viu em desvantagem, a Colômbia mostrou muita vontade e correu atrás do prejuízo e só não diminuiu a desvantagem por causa da ótima atuação do goleiro Claudio Bravo.
Aos 22, James Rodríguez lançou Roger Martínez. O atacante dominou com categoria e chutou cruzado, mas o goleiro do Barcelona se esticou todo para pegar.
Bravo voltou a aparecer, e desta vez em dose tripla, no último ataque antes do intervalo, quando afastou cruzamento perigoso de James e, nos rebotes, os chutes de Sánchez e Martínez.
Tempestade e expulsão
No intervalo, o técnico José Pekerman teve muito tempo para pensar nas mudanças que poderia promover na Colômbia para tentar pelo menos empatar, já que a partida ficou interrompida por mais de duas horas devido à tempestade que caiu em Chicago e encharcou o campo de jogo.
Após o interminável intervalo, Pekerman acabou optando por apenas uma troca, colocando a jovem promessa Marlos Moreno no lugar de Cardona para dar mais velocidade ao meio de campo 'cafetero'.
A substituição pareceu dar certo nos primeiro minutos, a Colômbia pressionou em busca do resultado positivo e se não fosse erro do árbitro, que não viu pênalti claro do chileno Jara em Torres, poderia ter diminuído pela metade a desvantagem logo aos 5 minutos.
Todo os planos e esperanças da Colômbia, porém, acabaram indo por água abaixo com a expulsão do volante Sánchez, que recebeu um segundo cartão amarelo por falta boba perto da área chilena.
Com um jogador a mais, o Chile voltou a ter o controle da posse de bola e do jogo, criou algumas chance de ampliar, mas pecou na finalização, como em cabeçada à queima-roupa de Pulgar que Ospina defendeu no meio do gol, aos 20.
Alexis, jogador mais participativo do Chile, ainda teve uma última chance de ampliar o placar e selar de vez a vitória dos atuais campeões sul-americanos.
A cinco minutos do apito final, o atacante do Arsenal recebeu ótimo passe de Vargas dentro da área colombiana, deu um tapa na frente e foi derrubado por Zapata. O árbitro, assim como havia feito no lance duvidoso a favor dos colombianos, mais cedo, ignorou o lance.
Após o apito final, a 'Roja' pôde comemorar a classificação à final da Copa América, onde defenderá o título conquistado no ano passado em casa, novamente contra a Argentina de Lionel Messi.