A bem da verdade, revelo que, muito antes de ter sido adotado o uso do spray branco para os árbitros sinalizarem o ponto exato da cobrança de falta ou a localização da barreira, eu já havia pensado em um sistema similar. Acontece que alguém teve a mesma ideia e conseguiu oficializá-la antes.
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Por isso, agora que a Fifa acaba de introduzir uma série de pequenas modificações nas regras básicas do futebol, me animei a apresentar algumas sugestões. Sem qualquer pretensão, a não ser a vontade de mexer com uma imobilidade que já dura há muito tempo.
A primeira delas: não consideraria mais fora de jogo aquelas bolas que, estando no ar, ultrapassam a linha lateral do gramado, sempre que dominada por um jogador que se encontre pelo menos com um dos pés dentro do campo. Isso já ocorre no basquete. O mesmo valeria nas cobranças de escanteio, quando a bola faz aquela curva por trás do gol, contanto que ela venha a cair dentro do campo ou seja dominada antes por um jogador que não esteja fora do gramado.
Para dar mais dinamismo aos ataques e aumentar as chances de gol, mudaria também a regra do impedimento. Entre as linhas que delimitam o centro do campo e a grande área, exatamente no meio, seria marcada uma outra linha pontilhada. Só seria considerado fora de jogo o atleta que recebesse a bola além dessa linha suplementar, tendo à sua frente apenas um atleta adversário.
Nas cobranças de faltas, a barreira seria formada unicamente por jogadores da equipe punida. Os adversários deveriam manter-se na distância regulamentar. Isso evitaria aquele costumeiro empurra-empurra que tanto atrapalha o andamento do jogo e a atuação do árbitro.
Por fim, para acabar com a irritante "cera" de final de jogo – com cobranças demoradas de laterais, cai-cai de atletas ou substituições oportunistas –, a partir dos 40 minutos o cronômetro do árbitro só andaria com a bola em movimento, até chegar ao final do tempo regulamentar, como ocorre, por exemplo, no futsal.
No caso de uma eventual interrupção mais longa (como falta de luz ou algum atendimento demorado em campo) no decorrer da partida, haveria o devido acréscimo, sem eliminar a aplicação da nova regra nos últimos cinco minutos. São sugestões simples que deixo aos leitores deste espaço, sem expectativa de acolhida por quem decide.
*ZHESPORTES