O árbitro Francisco de Paula dos Santos Silva Neto foi o entrevistado do programa Esporte e Cia na madrugada desta sexta-feira na Rádio Gaúcha. Durante a entrevista, de aproximadamente uma hora, comandada pelo apresentador Rafael Colling, o juiz gaúcho falou sobre a carreira de mais de 20 anos na arbitragem. As informações são do blog de Diori Vasconcelos.
Lembrou da infância e a aproximação com o futebol. Foi ao lado do pai, gremista, morto no ano passado, que Francisco Neto começou a frequentar o estádio e alimentar o sonho de ser jogador de futebol.
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– Ia aos jogos no Olímpico com ele e sonhava em correr naquele gramado. Depois acabei correndo várias vezes no Olímpico, no Beira-Rio. Não como jogador, mas como árbitro”, disse Francisco Neto, que avançou dizendo o seguinte: “Meu pai foi um dos maiores gremistas que eu vi, era fanático. Estive em vários jogos. Por exemplo, o jogo contra o Peñarol. Quando o Grêmio ganhou a primeira Libertadores, eu estava lá. Estádio lotado. Mal tinha espaço para sentar. Tem muito gremista que está me xingando e que não estava nesse jogo – lembrou.
A carreira com a bola no pé não vingou. E a opção pela arbitragem veio pelo paixão com o esporte. Fez o curso da Federação Gaúcha de Futebol e começou a trabalhar muito cedo. Também é formado em educação física e hoje trabalha numa escola de Porto Alegre. Francisco Neto relembrou o episódio em que foi chamado de “Chico Colorado” por Felipão, então técnico do Grêmio, em 2015, e lamentou o ocorrido.
– Felipão era meu ídolo. Foi campeão do mundo de 2002. Não deixou de ser, mas é uma pena que as pessoas não pensam no que falam. O que quero é que apontem um lance em que prejudiquei time A ou B. Erros todos cometem, mas qual é o lance em que fiz algo propositalmente? Isso é que me deixa triste. Vale meu nome. Não é Grêmio nem Inter que pagam meu salário – afirmou o árbitro.
Em 2016, Francisco de Paula dos Santos Silva Neto completa 45 anos, idade limite na arbitragem nacional. Disse que vai levar muitas coisas boas da carreira e deixou um recado aos que fazem críticas desleais ao seu trabalho.
– Para a pessoa criticar de uma maneira forte deveria pegar um apito e apitar um jogo. Vai ver que é muito difícil – completou.
*RÁDIO GAÚCHA