Um dos maiores jogadores da história do Brasil, Tostão, foi entrevistado no Timeline Gaúcha e comentou sobre o legado deixado por Johan Cruyff, que morreu nesta quinta. Para o ex-jogador, o holandês foi um dos maiores jogadores da história do esporte.
– Ele transpôs a carreira de atleta, além de ter sido um dos maiores da história, ele deu uma enorme contribuição do futebol. Ele bebeu na fonte do Rinus Michels, técnico da seleção em 1974. Quando parou de jogar, foi o técnico do Barcelona, trouxe novos conhecimentos e influenciou nomes como o Guardiola. (...) Ele foi muito mais do que um atleta, foi uma pessoa importantíssima na historia do futebol para sempre – comentou Tostão.
Hoje comentarista, Tostão exaltou ainda a inteligência do holandês dentro de campo:
– Junto com o Xavi e o Gérson são os jogadores que mais me marcaram pela inteligência coletiva de jogador, como se fosse um técnico dentro de campo. Na minha opinião, ele está pelo menos entre os 10 da história do futebol.
O ex-jogador brasileiro relembra ainda um episódio na Copa do Mundo de 2010, quando Cruyff criticou a Seleção Brasileira, usando como exemplo para a sinceridade do holandês:
– Ele não fazia média com ninguém. Falava o que achava, criticava o Barcelona quando tinha que criticar. Lembro que, na Copa de 2010, o Brasil chegou com o Dunga, estava ganhando. Antes do jogo em que o Brasil foi eliminado pela Holanda, o Cruyff deu uma declaração dizendo que o Brasil tinha um bom time, mas não pagava ingresso para ver o Brasil jogar.
O Carrossel Holandês, que tinha Cruyff como referência, também foi lembrado por Tostão:
– A Holanda não ganhou, mas ficou na história como um time revolucionário. O Cruyff conta que, antes de começar a Copa, o Michels reuniu os jogadores e disse que as chances eram mínimas e resolveu fazer algo diferente, implantou o carrossel que era aquela coisa de marcar todo o campo, o zagueiro avançava, roubava a bola, trocava passe e entrava na área para fazer gol.