O esporte vem evoluindo muito nos últimos tempos, dentro e fora das quadras, pistas, campos, piscinas e mares. As técnicas, tecnologias avançadas e os uniformes quase falam por você, mas nada supera a raça, determinação, suor e o prazer de competir. Temos regras e doutrinas, comissões técnicas com profissionais dedicados: fisioterapeuta, nutricionista, psicólogo, estatístico.
Um universo espetacular, todos voltados e focados na competição, no alto rendimento, um negócio esportivo. Vivemos de suas derivações, profissionais especializados e preparados, doutores no assunto. O esporte hoje com a parceria da comunicação virou um grande negócio de investimentos em equipes e premiados atletas, imagens que nos deixam sem fôlego pela plástica e beleza dos movimentos sincronizados com a mais pura técnica. Toda modalidade tem seu encanto, sua paixão, que vivemos intensamente, sendo atleta, torcedor ou profissional do esporte.
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Vinculados às modalidades estão as Federações Internacionais, Confederações Nacionais, Federações Estaduais, clubes e associações locais que respondem ao Comitê Olímpico, que rege as regras e normativas também ligadas ao Comitê Internacional, uma cadeia que administra a máquina do esporte. Algumas agremiações com muito sucesso nas gestões de qualidade, outras nem tanto, mas aí é outra história, em todos os ramos teremos profissionais de qualidade e outros nem tanto, uns muito bem intencionados, outros nem tanto.
Com todo este envolvimento entra uma classe que nem sempre é bem vista, mas muito lembrada, a arbitragem. Juízes muito bons, técnicos e explicativos; outros inseguros, tendenciosos, que vestem a camisa de alguns times, e outros que quase nem aparecem por sua excelência. Com a minha vivência dentro e fora das quadras não posso deixar passar em branco que alguns árbitros interferem diretamente nos resultados de jogos e competições. Alguns muito armados de cartões amarelos e vermelhos, acreditam que são intocáveis na sua magistral posição, normalmente elevada acima de qualquer atleta, não a utiliza o para maestrar o jogo.
No caso do tênis e do nosso vôlei, recebem "ajuda" de mais uns cinco auxiliares e mesmo assim é uma atrapalhada só. Refiro-me a estes profissionais, da sua importância no contexto esportivo como referência, pois são da sua interpretação conforme as regras a decisão de uma partida em pontos principais. No tênis, temos vídeo cheque, que mostra exatamente se a bolinha foi ou não dentro. No nosso vôlei também estão implantando, com sucesso, o desafio eletrônico, pois temos ainda, toque de bloqueio, toque na rede, pisadas e invasão de linhas, uma série de pequenos detalhes importantíssimos com um pequeno agravante: muita velocidade, a ponto de seis árbitros não conseguirem acompanhar a bola.
É certo, é justo ficar na mão desses profissionais uma partida? Onde existem investimentos vultuosos de grandes marcas, patrocinadores ávidos por espetáculos e ginásios lotados. É só nós ligarmos a TV ou o rádio que vamos nos deparar com cartões vermelhos, expulsões por reclamações acaloradas, empurra-empurra e todo tipo de manifestações contra árbitros e bandeirinhas. Pode ser injusto depositarmos todos os erros em cima dessa categoria de profissionais, como todas as áreas, temos neste grande universo esportivo, bons e ruins.
Não podemos depositar a derrota de uma partida só no erro de uma arbitragem, mas se a tecnologia nos ajuda no dia a dia, nas tarefas mais difíceis, nos detalhes quase imperceptíveis, porque não termos como auxiliar um olho eletrônico? A minha sugestão não é aposentar a arbitragem, mas sim um aprimoramento, pois não podemos colocar em jogo projetos e toda expectativa, de um estado, de uma comunidade de torcedores, por causa de erros.
Os erros acontecem, sabemos! Mas não aceitaremos incompetência e má fé. A tecnologia pode nos ajudar a transformar uma jogada duvidosa em algo transparente e incontestável. Em jogadas mais rápidas e precisas, sem interferir no que é mais importante resultado do jogo.
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