O Tupi de Crissiumal apostará na experiência do meia Diogo Barcellos, gêmeo de Diego, para a disputa da Divisão de Acesso em 2016. O clube anunciou a contratação do jogador, que demostrou vontade de voltar a disputar um Gauchão, algo que não faz desde 2011, quando defendeu as cores do Caxias.
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Dos projetos para o ano que está para começar, Diogo quer retomar o futebol de alto nível, talvez o mesmo – ou mais próximo – que o fez despontar ao lado do gêmeo no Inter e o levou até o Guanghzou Evergrande, da China, em 2009. Pensa em, quem sabe, uma Série B para o segundo semestre. Mas tem convicção de que qualquer projeto para 2016 passa por sua atuação na campanha com o Tupi.
– Sou mais consciente do que tem de fazer em campo hoje. Deste tempo que fiquei fora do Rio Grande do Sul, ajudou a me dar mais vontade de mostrar para o pessoal que estou bem. Quero abrir novos caminhos, voltar atuar em alto nível – disse Diogo, que atuou nesta temporada no time de futebol sete no Inter, comemorando a chance de ter o Estado de olho em seu futebol uma vez mais.
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Segundo o diretor de futebol do Tupi, Junior Mujica, a contratação foi rápida. Por meio do empresário Ricardo Pizarro, fez contato com o meia e montou o contrato, que não prevê cláusulas de produtividade.
– Estamos apostando no jogador, acreditamos no futebol dele. Surgiu muito bem e esperamos que retome o futebol de qualidade aqui. Terá tempo para trabalhar e ficar em forma para a Divisão de Acesso, que é mais dura do que o Gauchão – comentou.
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A pré-temporada do Tupi começa no dia 25 de janeiro. A estreia na competição está prevista para 6 de março.
Dos objetivos de vida do meia, ainda está jogar fora do Brasil. Talvez voltar a atuar ao lado do irmão, que hoje está na Tailândia, em Bangkok. Os dois se separaram após a temporada na China, em que Diego recebeu uma proposta de Portugal e a cota de estrangeiros do clube já estava esgotada. Diogo, então, à época, retornou ao Brasil. Hoje, apesar de comemorar a independência financeira que o Inter e o futebol chinês o ajudaram a conquistar, Diogo se divide entre os gramados e a função de empresário de uma marca de roupas feminina de ginástica ao lado da mulher. Motivo, aliás, que o fará mudar-se para Crissiumal, no norte do Estado e a cerca de 400km de Porto Alegre, sozinho:
Confira a entrevista com o jogador:
Como foi a negociação?
Na verdade, comecei a conversar no sábado com a direção. Foi muito rápido. Hoje cedo já tinha definido tudo.
E por que o Tupi?
Estou há bastante tempo sem atuar no Sul. Meu último time foi em Caxias, em 2011. Então, tinha essa vontade de retornar, e disputar o Gauchão. Se tinha a ideia que era um jogo mais truncado (na Divisão de Acesso), mas hoje os clubes estão investindo mais, está mais acirrado, com grandes atrativos.
Chegou a receber proposta fora?
Recebi, mas era um contrato mais curto. Optei por ficar (no RS), tem mais visibilidade. E a chance, para o segundo semestre, é melhor aqui. Estou há muito tempo sem que as pessoas me vejam jogar.
A idade não atrapalha?
Estou com 30 anos. Tenho muito a render ainda. Penso alto, jogar uma Série B. Tem o Brasil-Pel... É onde as pessoas acabam vendo e fico muito contente em estar atuando perto de casa.
Sente falta de jogar com o Diego?
Ele continuou, foi para Portugal. Acabei voltando para o Brasil. Queríamos continuar juntos, mas infelizmente não foi possível.
Faltou oportunidade?
Sim. Na minha posição, já tinha vaga para estrangeiro. E tive de voltar.
A ideia é voltar a jogar fora?
Quero jogar fora, se tiver a oportunidade de jogar com o meu irmão (Diego está na Tailândia), não penso duas vezes. Mas antes disso tudo, tenho plena consciência de que tenho que fazer um bom Gauchão.
Você já conquistou a independência financeira com o futebol?
Sim, sim. Graças ao Inter e ao futebol chinês. Tenho o nosso apartamento e uma marca de roupas fitness feminina com a minha mulher, Gabriela Barcellos.
É um objetivo na sua vida retornar ao Inter?
Passa, sim. Enquanto eu tiver na atividade, acredito que eu tenho chance. A gente sabe que não é da hora para outra. Daqui um pouco, se fizer um bom campeonato, as portas se abrem. Ainda mais que, quando a gente saiu, deixamos as portas abertas.
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