O Equador buscará uma nova vitória como visitante contra a Venezuela para terminar o ano como líder isolado das Eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo de 2018, nesta terça-feira, na quarta rodada que verá o clássico Uruguai x Chile e uma desesperada Argentina enfrentar a Colômbia.
Os equatorianos são os únicos com 100% de aproveitamento após três jogos. Logo atrás vêm Chile (7 pontos) e Uruguai (6). Brasil, Paraguai e Colômbia têm 4 pontos cada, enquanto Peru e Bolívia tem 3, Argentina tem 2 e a Venezuela, que ainda não pontuou, é a lanterna.
Às 19h (de Brasília), o Equador do técnico Gustavo Quinteros visitará a Venezuela na quente cidade de Puerto Ordar, num duelo de líder contra lanterna. Depois da vitória em Quito por 2 a 1 diante do Uruguai, o Equador tem uma chance de ouro de voltar a somar três pontos contra a pior equipe do continente e terminar o ano com a liderança da tabela nas mãos.
Do outro lado estará uma Venezuela desesperada, com o técnico Noel Sanvicente convencido que só a vitória servirá para devolver à "vinotinto" a confiança na busca de uma das vagas na Copa do Mundo de 2018.
Pekerman e Martino na berlinda
Na mesma hora, no estádio Metropolitano de Barranquilla, a Colômbia receberá a Argentina em duelo em que ambos os treinadores, José Pekerman e Gerardo Martino, não podem perder se quiserem seguir firmes nos seus cargos.
A seleção colombiana, que atravessava fase ruim até arrancar um empate em 1 a 1 com o Chile em Santiago, tentará aproveitar o calor e umidade de Barranquilla para ficar com os três pontos e se colocar entre os líderes da tabela sul-americana.
Já a Argentina, que aparece num surpreendente penúltimo lugar, com apenas dois pontos somados em três jogos e um gol marcado, precisa desesperadamente da vitória. O técnico Gerardo Martino, porém, viajou à Colômbia com um time repleto de desfalques, como dos atacantes Lionel Messi e Sergio Agüero, e sabendo que outro resultado negativo pode lhe custar o cargo.
Jara e Cavani voltam a se enfrentar
Às 21h, no estádio Centenário de Montevidéu, acontecerá o outro duelo duelo de destaque: Uruguai e Chile voltam a se enfrentar quase cinco meses depois do polêmico encontro entre as duas seleções nas quartas de final da Copa América 2015. Naquela ocasião, o Chile venceu por 1 a 0 no caminho rumo ao inédito título, numa partida que ficou marcada pela agressão do zagueiro chileno Gonzalo Jara ao atacante uruguaio Edinson Cavani.
No segundo tempo do jogo, Jara acabou dando uma "dedada" em Cavani, que reagiu à agressão e terminou expulso. No fim, um gol de Mauricio Isla a dez minutos do fim deu a vitória e a classificação às semifinais ao Chile. Desde então, ambos as equipes tentaram deixar a polêmica de lado, afirmando que o incidente já foi superado e ficou para trás, mas a expectativa de dar o troco, desta vez em Montevidéu, resultou num grande interesse do público uruguaio, que esgotou os 50 mil ingressos há duas semanas.
– Não vou falar absolutamente nada sobre este tema, numa maneira de contribuir para que isto seja exlusivamente uma partida de futebol – declarou o técnico do Uruguai, Oscar Tabárez.
A grande dúvida para a partida será a presença do atacante chileno Alexis Sánchez, que sentiu uma lesão na panturrilha no duelo com a Colômbia e pode ser poupado.
Em Assunção, também a partir das 21h, o Paraguai tentará se recuperar da derrota sofrida para o Peru na sexta-feira e tem uma boa oportunidade de alcançar esse objetivo contra a fraca Bolívia, que conseguiu somar seus primeiros pontos na quinta-feira ao vencer em La Paz a Venezuela por 4 a 2.
Apesar do otimismo repentino que surgiu no time do técnico Julio César Baldivieso, a equipe boliviana não parece ser um adversário capaz de impedir o Paraguai de somar três pontos e subir na tabela. Baldivieso não terá um de seus principais jogadores, o volante Martin Smedberg, que rompeu o menisco do joelho direito durante um treino.
As Eliminatórias sul-americanas distribuem quatro vagas diretas para a Copa do Mundo da Rússia, em 2018. O quinto colocado disputará a repescagem contra o vencedor das Eliminatórias da Oceania.
*AFP