Pela retomada no cenário nacional, ACBF inicia o confronto de quartas de final contra o São Paulo

O respeito pelo laranja e preto voltou às quadras brasileiras. As cores que fizeram da multicampeã ACBF a marca mais conhecida do futsal brasileiro, e simbolizaram também a ligação de uma cidade com um esporte, haviam perdido um pouco de brilho nos últimos anos. Mas nada como uma boa polida para deixar tudo novo em folha. Reestruturada, e equipe de Carlos Barbosa faz um grande 2015 e inicia neste domingo, com a melhor campanha da Liga Futsal, a participação nos playoffs da competição. O adversário é o São Paulo, em São Bernardo do Campo, a partir das 11h. 

A última vez que a ACBF conquistou a Liga Nacional foi em 2009. Desde então, o máximo que conseguiu foi um terceiro lugar, em 2012. Assistindo enfraquecido ao surgimento de outras forças no cenário nacional, o time perdeu muito da proximidade que tinha com sua torcida e se tornou um adversário comum. Dar a reviravolta foi o desafio assumido pelo técnico Marquinhos Xavier, 41 anos, trazido do futsal paranaense em maio do ano passado.

- A ACBF precisava de uma nova identidade, que resgatasse a imagem da equipe que briga muito, uma característica enraizada no futsal gaúcho. Não é só conseguir vitórias, mas a forma como se apresenta. Trilhar esse caminho resgatou a nossa autoestima e a do torcedor, que esse ano bateu recordes de público. E a energia que vem de fora é de quem voltou a acreditar, mesmo em um outro momento da equipe, com outro perfil de atleta e de investimento, tendo a coletividade como grande destaque - comenta Marquinhos.

O primeiro ano não foi bom. Na Liga, terminou apenas com a oitava colocação. Mas a aposta no trabalho foi mantida e em 2015 a equipe chega às quartas de final com a melhor campanha da competição. E a confiança no título só cresce.

- A gente caminhou até aqui sempre brigando pelas primeiras posições. Isso demonstra que, tecnicamente, temos capacidade. Mas vamos entrar numa fase da competição em que o corte é mais agressivo e o limite de erros é muito pequeno. É preciso estar preparado emocionalmente para decidir e, se quisermos o título, temos que decidir bem. A ACBF nos deu todas as condições de chegar nesse momento de decisão. Nessa hora, é com a gente - define o treinador.