O Brasil ganhou da Costa Rica, 1 a 0, gol de Hulk. Douglas Costa foi o melhor. Marcelo Grohe estreou. Neymar jogou apenas alguns minutos.
Foi o primeiro amistoso da Seleção depois do fracasso na Copa América do Chile, em julho passado. Foi o penúltimo teste antes do início das Eliminatórias da Copa do Mundo da Rússia de 2018, contra o Chile, no mês que vem em Santiago. Foi a legitima partida "espanta telespectador".
A Seleção perdeu o crédito com a torcida na Copa do Mundo do Brasil de 2014. Não empolga mais. A recuperação será difícil, um ano não basta, é pouco.
A vitória não serviu para nada. Ok, serviu para a estatística. É mais um número positivo.
A Seleção não evoluiu, nem mostrará mais. Nem espere. Falta método, faltam jogadores mais qualificados, a safra é sofrível. A CBF precisa de uma revolução, na cúpula, na comissão técnica. Não pode tirar jogadores das equipes que disputam o Brasileirão. Precisa respeitar as datas Fifa e os clubes brasileiros. Estancar a mais importante competição nacional em dias de jogos da Seleção.
A Seleção com Dunga no comando não tem futuro. Dunga é um legítimo técnico brasileiro. Parou no tempo, não evoluiu, não estudou, seu instável trabalho no Inter é prova. Ainda joga com dois volantes, acha que o veterano Kaká pode ajudar, aposta em Danilo e David Luiz, não oferece sequência aos atletas que podem dar algo mais. Imagina Robinho, Lucas, Hulk e William como soluções. Os que fracassaram no Mundial 2014 continuam sendo chamados, observados, testados.
Contra a Costa Rica, que vive no Terceiro Mundo do futebol, o Brasil conseguiu uma vitória magra. A equipe mostrou-se lenta e sem criatividade. Com as Eliminatórias nos calcanhares, Dunga precisa encontrar um time. Escalar 11. Acreditar numa equipe e deixar jogar. Experiências com jogadores que já passaram pela equipe e não aprovaram estão proibidas.
Na próxima terça-feira, outras vez nos EUA, o Brasil enfrentará a seleção norte-americana, um adversário real. Espero que Dunga escale os mesmos que vão enfrentar o Chile. Não faça mais substituições óbvias ou repita mudanças que teimam em não dar certo. Quem sabe alinhar os melhores do momento, formar o time mais experiente e competitivo? Os chilenos vão querer jogar como nunca na estréia das Eliminatórias da América do Sul do Mundial 2018.
*ZHESPORTES