Recomenda-se parcimônia na hora de analisar este 4 a 1 da Seleção Brasileira sobre os Estados Unidos, realizado na noite desta terça-feira, em Boston.
Não faz muito, as vitórias vieram à rodo em amistosos contra adversários até mais fortes, como França, Argentina e Itália.
E o que se viu na Copa América? Nada.
Clima de competição, com a pressão de um país como o Brasil, é outro papo. Não tem similar.
Fiquei surpreso com a má qualidade individual da seleção americana. Há jogadores com dificuldades até de dominar a bola ou dar um passe lateral.
O jogo valeu por algumas novas possibilidades. Rafinha entrou dando uma dinâmica moderna, com mais troca de passes, velocidade e movimentação constante. Lucas, pela esquerda, parece mais pronto e maduro, inclusive disciplinado taticamente. Douglas Costa ganhou espaço como meia extrema pela direita, no 4-2-3-1. Lucas Lima foi bem como meia central.
Mas não se viu a velocidade de execução das jogadas, aquela troca curta de passes, aquela compactação, como vemos na Europa. O lado coletivo é comum. Ainda é um jogo burocrático demais, dependente da parte estritamente individual dos jogadores. Sem contar que o futebol fluiu mesmo no segundo tempo, com Neymar, e ele não estará na largada das Eliminatórias.
Portanto, valeu para ver Rafinha, um Lucas mais maduro, um Lucas Lima. Mas ainda falta muito para a Seleção empolgar e recuperar o terreno perdido.
*ZHESPORTES