O brasileiro Ricardo Ferretti foi apresentado oficialmente na noite de segunda-feira como técnico interino da seleção mexicana de futebol, enquanto a Federação local continua procurando o nome ideal para assumir 'El Tri' definitivamente.
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O treinador, mais conhecido como 'Tuca', deixou claro que vai comandar o México por apenas quatro jogos, por querer honrar o compromisso com seu clube, o Tigres com o qual tem mais três anos de contrato.
Imagens: AFP
Como interino, Ricardo Ferretti assumirá a seleção mexicana
No mês passado, com Rafael Sóbis no seu elenco, ele levou o time de Monterrey ao vice-campeonato da Libertadores, eliminando inclusive o Internacional na semi.
A grande missão do técnico brasileiro será classificar o país para a Copa das Confederações de 2017, na Rússia. Para isso, precisa vencer a repescagem contra os Estados Unidos, no dia 10 de outubro.
Ferreti também comandará os mexicanos em amistosos contra Trinidad e Tobago e Argentina, nos dias 4 a 8 de setembro, e Panamá, em 13 de outubro, dia em que encerra sua colaboração com a seleção.
- Não venho como salvador nem nada, venho como interino, nada mais - avisou o carioca de 61 anos.
Mesmo assim, Tuca prometeu comprometimento total na sua curta missão.
- Vou estar 100%, de corpo e alma, em todos os sentidos, para a seleção mexicana. Não há nenhuma distração e não tenho nada a ver com o Tigres enquanto estou no comando da seleção - avisou.
O presidente da federação mexicana, Decio de María, disse que o fato de Ferreti não aceitar o cargo "de forma permanente" o levou a continuar procurando um novo treinador, depois da demissão do polêmico Miguel 'El Piojo' Herrera.
- Já conversamos com vários técnicos, tanto no México quanto no exterior, mas ainda não fizemos ofertas formais. Ainda estamos no processo de seleção - explicou o dirigente.
Herrera foi demitido no dia 28 de julho, por ter agredido um jornalista poucas horas depois da conquista da Copa Ouro, nos Estados Unidos, um título manchado por várias polêmicas de arbitragem.
Tuca também é conhecido por ser um técnico com forte personalidade, com fama de dar broncas monumentais em jogadores e árbitros.
Depois de uma carreira de jogador no Botafogo e no Vasco na década de 70, o brasileiro foi atuar no México, atuou em vários clubes e depois nunca saiu de lá.
Já foi técnico da seleção mexicana por apenas um jogo, no dia 29 de junho de 1993, na vitória por 2 a 0 sobre a Costa Rica. Na época, era auxiliar de Miguel Mejía Barón, com o qual trabalhou na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos.
AFP