O brasileiro Thye Mattos Ventura Bezerra, goleiro da seleção brasileira de pólo aquático que disputou os Jogos Pan-Americanos, foi oficialmente acusado nesta sexta-feira pela polícia de Toronto de ter cometido um crime de abuso sexual durante a competição. As autoridades de Toronto já expediram um mandado de prisão contra o atleta.
Nesta sexta, a polícia convocou uma entrevista coletiva para falar sobre o ocorrido. Os oficiais não explicaram todos os detalhes, deixando várias dúvidas no ar. Mas afirmaram com 100% de certeza de que Thye não é apenas um suspeito, e que ele realmente cometeu a infração. Uma foto de Thye, retirada do site oficial do Pan de Toronto, foi apresentada para a mídia.
De acordo com as informações publicadas, o assédio aconteceu na manhã do dia 16 de julho, um dia depois que o Brasil perdeu a final do pólo aquático masculino para os Estados Unidos.
O abuso ocorreu na casa da vítima, uma canadense de 22 anos, que não teve o nome revelado. Thye e um outro homem não identificado entraram na residência com duas mulheres. A polícia informou que não houve invasão, o que leva a crer que a presença deles ali era consentida. Ainda segundo as informações policiais, a vítima teria ido dormir em sua cama, Thye teria entrado no quarto em seguida e assediado a garota. Não foi explicado o que aconteceu dentro do quarto.
Também sem entrar em detalhes, a polícia informou que podem haver outras vítimas neste caso. O desejo das autoridades canadenses é que Thye seja levado a Toronto para encarar as acusações e um eventual julgamento.
Segundo as leis canadenses, o crime de abuso sexual engloba qualquer forma de contato sem consentimento. Isso vai desde sexo oral e penetração, até mesmo um beijo ou um agarrão não permitido pela vítima. A pena máxima, caso o acusado seja considerado culpado em julgamento, é de 15 anos.
Neste momento, Thye está na Rússia com a seleção brasileira de pólo aquático, que disputará o Campeonato Mundial de Desportos Aquáticos em Kazan.
O diretor-executivo de esportes do Comitê Olímpico do Brasil (COB), Marcus Vinícius Freire, disse em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira que ainda não foi notificado pela polícia nem pelo Comitê Olímpico Canadense sobre o caso.
*LANCEPRESS