A atual estrutura e administração da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) está por um fio. As investigações do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, da Polícia Federal do Brasil e da CPI do Futebol ameaçam o presidente da entidade, Marco Polo Del Nero. O ex-mandatário da CBF José Maria Marin permanece detido na Suíça, enquanto Del Nero articula uma mudança no estatuto da confederação para não permitir que o catarinense Delfim Pádua Peixoto Filho assuma a entidade em caso de renuncia do atual presidente. Mas por quê?
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Existem duas teses. A primeira é que o estatuto ignora a competência e premia apenas o vice-presidente mais idoso.
Hoje, se Del Nero sair de cena quem assume é o vice mais velho. Esse seria Marin, porém ele está afastado da CBF e possivelmente não voltará mais. Em seguida o mais idoso é Delfim, com 74 anos.
Assim, a ideia é mudar o estatuto e propor uma nova eleição na assembleia geral - que envolve as 27 federações e os 20 clubes da Série A -, sendo candidatos os vices.
A segunda tese o próprio Delfim explica:
- Uma coisa que a diretoria da CBF não gosta, alguns deles, é que eu sou independente. Querem me impedir de falar com a imprensa, e isso nunca farei - garante Delfim, que preside a Federação Catarinense de Futebol (FCF) há 30 anos.
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A articulação dessa mudança foi feita por Del Nero sem ele ter conversado com Delfim. O que indica que ele não quer o catarinense como sucessor.
- Eles estão querendo dar um golpe. E não será depois de velho que eu vou ser a favor desse tipo de coisa. Agora, eles não pensem que estou sozinho nessa. Tenho muitos ao meu lado. Não quero e nunca quis assumir a CBF, mas se chegar lá vou fazer o que o Del Nero prometeu na campanha dele: mudar o futebol brasileiro - finalizou o presidente da FCF.
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