Nada de dar pistas. O técnico Dunga não quis confirmar a escalação do Brasil que vai enfrentar a França nesta quinta-feira, no Stade de France, a partir das 17h. O treino da véspera do jogo foi fechado à presença da imprensa. No dia anterior, o treinador colocou uma equipe com a mesma base da que jogou as primeiras partidas depois da Copa do Mundo com Roberto Firmino como principal novidade entre os que receberam o colete.
- O colete é uma mera distribuição de posições. No treino deveríamos trabalhar o balanço da defesa e a pressão no ataque. Posicionamos os jogadores independentemente de quem vai jogar ou não. Todos devem estar preparados - explicou o técnico da Seleção.
Por mais que tente desconversar e esconder o time, em outro momento da entrevista Dunga falou da falta de tempo para treinar e a necessidade de otimizar as atividades. Nos dois primeiros dias em Paris, a Seleção treinou por mais de uma hora e meia. Tempo considerado grande para um treinamento, especialmente depois dos jogos e viagens dos atletas no final de semana.
- Se os técnicos de clubes reclamam que têm pouco tempo para treinar, imagine nós. Por isso não podemos perder tempo para preparar o time. Queremos montar um time compacto, objetivo, mas sem perder as melhores características de nossos jogadores.
Nas seis primeiras partidas à frente da Seleção, o treinador manteve seis titulares em todas elas: Miranda, David Luis, Luiz Gustavo, Neymar, William e Oscar. Além disso, Danilo jogou os últimos cinco jogos.
- Há uma base, e isso dá sustentação a outros jogadores que estão sendo convocados. Precisamos ter também opções, por isso a importância desses amistosos - disse Dunga.
O adversário desta quinta traz lembranças ao treinador, que esteve em campo na derrota na decisão da Copa de 98, no mesmo estádio onde será o confronto desta quinta. Mesmo assim, aquele jogo não é considerado por Dunga o mais complicado na sua carreira.
- Faz parte do futebol perder. Perder dói, e muito. Mas em 1990 foi pior, porque colocaram tudo nas minhas costas - disse Dunga, lembrando da derrota para a Argentina nas oitavas de final do Mundial de 90, na Itália, que simbolizou a "Era Dunga".
*LANCEPRESS