Com uma grande atuação, a Seleção Brasileira de futebol de areia atropelou o Paraguai por 12 a 2, na manhã deste domingo, e conquistou a Copa Sul-Americana na Praia do Pina, em Recife. Os gols da partida foram de Datinha (3), Daniel (3), Rodrigo (2), Gabriel, Sidney, Bruno Xavier e Fernando DDI para os brasileiros, e de Lopez e Rodriguez, para os paraguaios. O resultado leva o Brasil também à condição de cabeça de chave 1 nas Eliminatórias Conmebol, em abril, em Manta (Equador).
Com o resultado, o Brasil quebrou a invencibilidade guarani no torneio e ainda se vingou da única derrota no campeonato, na fase de classificação, por 8 a 7. O maranhense Datinha foi eleito o melhor jogador da competição. Bruno Xavier recebeu o troféu de artilheiro (10 gols) e o chileno Echeverria foi escolhido o melhor goleiro do torneio.
Com o Paraguai pelo caminho, rival que tem incomodado bastante nos últimos anos, tendo Bruno Xavier, Gabriel e Rodrigo de volta (cumpriram suspensão contra a Argentina), e o melhor ataque do torneio (38 gols), o Brasil começou o jogo em alta velocidade e com fome de gols. A maturidade e o equilíbrio que mostrou durante todo o torneio, a seleção guarani não mostrou na final. Tocando fácil, o Brasil abriu 4 a 0 na primeira etapa: Rodrigo (aos 41 segundos), Daniel (737"), Gabriel (757") e Datinha (936") marcaram os gols do Brasil.
A seleção brasileira não diminuiu o ritmo e Sidney, de bicicleta, marcou seu 150º com a camisa amarelinha: 5 a 0, aos 55 segundos. Bruno Xavier marcou o seu décimo gol no torneio, se isolou na artilharia, e o Brasil aumentou ainda mais a vantagem: 6 a 0, aos 111". O Paraguai não esboçava reação, estava batido e, enquanto Mão pouco trabalhava, Fernandez sofria com a pontaria dos donos da casa. Tudo dava certo para o Brasil, que marcou com DDI (159"), Rodrigo (248"), Datinha (532") e Daniel (913"): 10 a 0 no segundo período.
O Brasil voltou à quadra em ritmo lento no último tempo e o Paraguai aproveitou isso. Lopez, de falta, contou com o quique da bola para enganar Leandro Fanta: 10 a 1, aos 119". Em seguida, Rodriguez ganhou da defesa e encheu o pé: 10 a 2, aos 155". Mas parou nisso. Datinha fez mais um (557") e Daniel, num golaço, selou a vitória verde e amarela em Recife: 12 a 2, aos 915". Festa nas arquibancadas e emoção no pódio: Wágner, goleiro bicampeão mundial (2008/2007), que ficou paraplégico num acidente automobilístico em 2010, foi homenageado, levantou a taça e teve seu nome gritado na arena.