O União Frederiquense debutará na elite do Gauchão em um verdadeiro batismo de fogo contra o Grêmio na Arena, no dia 31. O clube de Frederico Westphalen tem apenas quatro anos de vida - sua fundação foi em agosto de 2010. Mas já tem ambição de gente grande.
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A aposta é em um grupo experiente, com média de 27 anos de idade, que ganhou a terceira vaga da Divisão de Acesso ao bater o Brasil de Farroupilha na repescagem ano passado. O técnico que colocou a equipe na elite foi mantido. Trata-se de Rodrigo Bandeira, já experimentado no Gauchão. E dono de um feito histórico. Em 2013, quando treinava o Canoas, venceu o Grêmio em pleno Olímpico.
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É bem verdade que o time da casa jogou repleto de garotos. À época, os titulares só tinham olhos para a Libertadores. Mas aquele 24 de janeiro ficou marcado como a última derrota gremista no velho estádio - que ainda receberia as vitórias sobre São José, Santa Cruz e Veranópolis antes de cerrar as portas de vez.
- O fundamental é não se fechar lá atrás e ficar só dando balão. Naquela oportunidade, estudamos o estilo de jogo do Grêmio e o Canoas se impôs no campo deles - relembra Bandeira.
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A bronca agora é bem maior. O adversário conta com Felipão na casamata. E jogadores com muita técnica, como Douglas, Barcos e Marcelo Moreno. Mas nada que assuste. Pelo contrário.
- Não vamos lá para nos defender, tentaremos jogar. Temos jogadores experientes que não vão se assustar com a pressão - afirma o técnico.
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O objetivo imediato é obter a pontuação para evitar o rebaixamento. Mas a sequência inicial do União é dura. Depois do Grêmio, a equipe terá de mandar o jogo contra o Caxias em Panambi, a 103 km de Westphalen - pena imposta pelo TJD por uma confusão entre torcedores na repescagem da Divisão de Acesso. A estreia em casa só ocorrerá na terceira rodada, contra o São José.
- Com esta punição, teremos apenas seis jogos em frente ao nosso torcedor. E para nós, o fator local é importante - diz o treinador.
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O clube, inclusive, tem o projeto de erguer uma arena própria em até três anos. Hoje, o União manda seus jogos no Vermelhão da Colina, estádio do Itapagé, equipe amadora de Westphalen, com capacidade para 5,5 mil pessoas. O sucesso da iniciativa poderá ser turbinado por uma boa campanha no Gauchão. Que iniciará pelo batismo de fogo na Arena.
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"Não dá só para defender e marcar contra o Grêmio"
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O Frederiquense conta com um ataque experiente para o Gauchão. Josiel, 34 anos, e Paulinho Macaíba, 31, trazem no currículo clubes de todos os cantos do país. O primeiro até artilheiro do Brasileirão já foi, com seus 20 gols pelo Paraná em 2007.
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Depois rodou pelo mundo árabe, México, pelo Flamengo e ano passado defendeu o Inter-SM _ onde iniciou sua carreira em 2000. Enquanto isso, Macaíba iniciou sua trajetória no Nordeste. Jogou pela primeira vez no Estado em 2011, pelo Novo Hamburgo. E está desde o ano passado no Frederiquense.
- O Josiel é o cara da bola final. Até pela questão da idade, rende mais próximo do gol. Já o Macaíba finaliza muito bem, tem grande qualidade técnica - avalia o técnico Rodrigo Bandeira.
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Vocês terão de enfrentar o Grêmio logo na estreia.
É bom já encarar essa pedreira na estreia, uma hora ou outra teríamos de enfrentá-los. Pelo fato de o União ser uma equipe pequena, tem de jogar com as armas que tem. Eles são favoritos, mas temos de diminuir os espaços, tentar fazer um jogo de igualdade. Não dá só para defender e marcar contra o Grêmio.
Como fazer um gol na melhor defesa do Brasileirão?
A gente sabe que é difícil. O Grêmio sempre teve como característica uma defesa forte, com muita marcação. Nós temos bons jogadores, como o Jefferson (atacante), que já foi artilheiro no Gauchão (em 2010, pelo São José). Será um grande teste, será o primeiro jogo do União na primeira divisão.
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Seu faro de gol é o mesmo de 2007, quando foi o goleador do Brasileirão?
Continua sim (risos). Sempre que possível, faço meus golzinhos. Ano passado, fiz boa campanha com o Inter-SM na Divisão de Acesso (eliminado na semifinal do primeiro turno). A gente perde um pouco de velocidade pela idade. Mas o faro de gol e a técnica no posicionamento você mantém. E tenta aprimorar nos treinos.
Aos 34 anos, você tem preparação especial para jogar?
O maior cuidado é na recuperação. Você precisa fazer alguns complementos, como banheira de gelo, reforço muscular na academia e também descanso. São coisas que fazem a diferença. Mas nem por isso deixo de correr na hora do jogo. Treino igual como todo mundo. Você só acaba se poupando em alguns lances, jogando no atalho.
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Seguirá jogando até os 40 anos?
Depende muito. Você tem situações de vida que te levam de um lado para o outro. Enquanto estiver dando resposta e em boas condições físicas, seguirei jogando. Nunca tive uma lesão grave, isso me favorece. Creio que tenho condições de seguir atuando por ao menos mais três ou quatro anos.
E o entrosamento com Paulinho Macaíba no ataque?
Estamos fazendo os primeiros treinos, nos entendendo. Eu já conhecia ele de nome, mas nunca jogamos juntos. A experiência e a característica dele ajudam muito. É um cara de movimentação e bom passe.
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