O homem que confessou ter ateado fogo à casa da torcedora gremista Patrícia Moreira, na zona norte de Porto Alegre, será indiciado pela Polícia Civil por incêndio criminoso. A pena para esse tipo de crime vai de três a seis anos de reclusão e multa. Na noite dessa sexta-feira, Elton Grais, de 28 anos, confessou ter tentado incendiar a casa como resposta às manifestações racistas de Patrícia Moreira na partida contra o Santos, no mês passado, na Arena do Grêmio.
O criminoso confesso, que já possuía condenação por uso de arma restita, tráfico de drogas e fugas do semiaberto, e admitiu ter tentado colocar fogo na caixa de luz da residência com um isqueiro e, posteriormente, um guarda-chuva em chamas. Elton já está detido no Presídio Central de Porto Alegre.
Elton foi preso em casa, no Bairro Passo das Pedras, à 500 metros de distância da casa da torcedora. Ao tentar incendiar a residência, o criminoso queimou a mão e, depois, fez o curativo por conta própria para não não levantar suspeitas nos hospitais. O suspeito foi reconhecido por uma testemunha, próximo à moradia, e já tem passagem pela polícia. De acordo com o delegado Tiago Baldin, da 14ª Delegacia de Polícia de Porto Alegre, o inquérito do caso será concluído até o próximo dia 22:
“A convicção da autoria nós já temos. Nós precisamos ainda da confecção do laudo do departamento de criminalística. Como ele [Elton] está preso, nós temos um prazo exíguo para finalizar o inquérito que é de 10 dias”, esclarece.
De acordo com a polícia, Elton estava em prisão domiciliar desde maio e obteve liberdade condicional um dia antes de cometer o crime, na quinta-feira (11). O fogo começou por volta das 4h quando vizinhos acionaram o irmão de Patrícia. Os bombeiros foram chamados para conter as chamas. A perícia isolou o local para realizar os trabalhos. Patrícia Moreira e a família não estavam na casa, pois deixaram o local desde a partida entre Grêmio e Santos. A residência já foi colocada para aluguel.
Gaúcha
Homem que ateou fogo à casa de torcedora será indiciado por incêndio criminoso
Polícia pretende concluir inquérito no próximo dia 22
Cristiano Goulart
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