A Rússia, sede da Copa de 2018, já trabalha duro para ter a sua estrutura pronta um ano antes do torneio. Dois estádios, em Sochi e Kazan, estão prontos. A arena do Spartak será inaugurada no próximo dia cinco de setembro. A promessa dos organizadores é que até 2017, na Copa das Confederações, todos os 12 estádios nas 11 sedes serão entregues.
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Com orçamento previsto de US$ 20 bilhões (50% verba federal e 50% de recursos privados), o objetivo é expandir a rede de trens de alta velocidade para ligar as cidades. As distâncias são consideráveis, seis das sedes estão localizadas a mais de mil quilômetros de distância de Moscou. Sochi, que recebeu este ano os Jogos Olímpicos de Inverno, está a 1.679km da capital. Para amenizar o impacto dos deslocamentos, será feita uma divisão em quatro regiões geográficas.
Cada sede receberá, no mínimo, quatro, e no máximo seis, jogos. A primeira partida e a final acontecerão no estádio Luzhniki, que recebeu as cerimônias de abertura e encerramento da Olimpíada de 1980, e que agora está sendo reformado. Para que tudo funcione bem, uma delegação russa está no Brasil observando todos os detalhes da Copa de 2014. No Rio, a casa da Rússia foi montada no Museu de Arte Moderna, no Aterro do Flamengo. O CEO do Comitê Organizador 2018, Alexey Sorokin, falou sobre os preparativos.
Confira a entrevista:
Gaúcha - O Brasil sofreu com atraso nas obras da Copa, mas no fim deu tudo certo. Na Rússia as obras estão dentro do prazo?
Sorokin - Já temos prontos dois estádios. Aeroportos, ônibus, rodovias e trens tem boas condições. Vai ficar tudo pronto, não tenho nenhuma dúvida.
Gaúcha - Tem casos recentes de racismo em estádios da Russia. O Zenit já teve problema com isso. Como vocês vão lidar com esta situação?
Sorokin -Criamos um programa para acabar com o racismo nas arenas. Não vamos tolerar comportamentos inadequados. A Copa de 2018 será inclusiva e não discriminatória. Quem errar, será banido dos estádios. Estamos muito empenhados nisso.
Gaúcha - No Brasil se discutiu muito a questão do legado. O que vai ficar para o país depois de 2018?
Sorokin - Teremos aquele legado que dá para ver e tocar, como estádios, aeroportos, estradas e trens. Mas vamos trabalhar muito para ter o legado humano. Queremos deixar esta marca. O presidente Vladimir Putin será um grande anfitrião, assim como foi em Sochi.
Gaúcha - Vocês temem risco de protestos?
Sorokin - Temos índices de aprovação superiores a 70%. Quem for para a Rússia não vai se arrepender. Cidades lindas, um povo receptivo. Estamos trabalhando para aumentar o numero de pessoas que falam inglês. Vai ser inesquecível.
Gaúcha - O desempenho da Rússia nesta Copa foi fraco (caiu na primeira fase). Isso preocupa?
Sorokin - Não é minha área, mas confio muito no Fabio Capello. Temos bons valores. Acho que em 2018 será diferente. Todos esperam uma grande campanha.
SEDES RUSSAS
MOSCOU - Estádio Luzhniki (89.318) Estádio Spartak (46.990)
SÓCHI - Estádio Olímpico (47.659)
SÃO PETERSBURGO - Estádio Zenit (69.501)
VOLGOGRADO - Estádio Volgograd (45.015)
ECATERIMBURGO - Estádio Central (44.130)
KAZAN - Estádio Rubin (60.000)
NOVGOROD - Estádio Nizhny (44.889)
ROSTOV - Estádio Rostov Don (43.702)
KALININGRADO - Estádio Kaliningrado (45.015)
SAMARA - Estádio Samara (44.198)
SARANSK - Estádio Saransk (45.015)