A polícia Civil do Rio de Janeiro continua a investigação do esquema de desvio de ingressos promocionais da FIFA que foram apreendidos após prisão dos cambistas na operação Jules Rimet. Ao todo foram 11 pessoas presas, um desses presos, o advogado José Massih, aceitou fazer uma delação premiada.
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A informação foi confirmada pelo delegado da 18 DP da Praça da Bandeira, Fábio Baruck, numa coletiva realizada nesta quinta-feira(03) no Centro Integrado de Comando e controle, na Cidade Nova, Centro do Rio.
De acordo com o delegado, o advogado revelou em depoimento que um integrante da FIFA que participava do esquema, ainda estaria no Rio de Janeiro, hospedado no hotel Copacabana Palace e deixaria o país após o mundial.
A polícia não revelou a identidade desta pessoa e está realizando investigações, ouvindo algumas conversas através de escutas telefônicas autorizadas pelo Ministério Público do Rio de Janeiro. Fábio Baruck acrescentou que a FIFA se colocou à disposição para ajudar na investigação.
Quem comprou os ingressos nas mãos destes cambistas será chamado para depor e dar esclarecimentos. Na lista estão, Roberto Assis, irmão de Ronaldinho Gaúcho, que segundo o delegado, foi pego em escutas telefônicas, que mostram que ele poderia ter negociado a compra de ingresso da copa com o Franco Argelino Mohamound Lamine Fofana.
Fofana estava hospedado num apartamento de um condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de propriedade do ex jogador Júnior Baiano. Segundo o delegado não há indício de participação dele com a quadrilha de venda ilegal de bilhetes.
Um outro ex jogador que vai ser chamado à depor, é Dunga, que hoje num evento da FIFA afirmou que participou de um almoço onde o cambista Argelino estava presente, e acrescentou:
"É um empresário de futebol, me levou a jogar na Chechênia, em 2011, com outros tetracampões mundiais, participei de um almoço na Lagoa. Não tenho mais notícia nenhuma"