Quem for viajar pelo Brasil para ver os jogos da Copa do Mundo pode agora ficar um pouco mais tranquilo. A garantia é de que será possível encontrar preços mais razoáveis nos hotéis. Depois das últimas notícias dando conta de que as diárias em alguns locais do Rio de Janeiro estavam mais caras do que em períodos como Carnaval e Réveillon, a Secretaria Nacional do Consumidor convocou uma série de reuniões com representantes do setor hoteleiro, Procon, Embratur, Ministério da Justiça e Casa Civil. O objetivo é a partir de agora estabelecer alguns parâmetros. Para o vice-presidente do SindRio (Sindicato de Hotéis, Bares e Restaurantes), Alexandre Sampaio, as coisas ficaram bem definidas:
- Estava ocorrendo uma comercialização com grande variação de preços. O que o governo quer é que este parâmetro seja respeitado, ou seja, que não sejam cobradas na Copa tarifas superiores a de alta temporada de cada região. No caso do Rio, Carnaval e Réveillon. Esse é o limite. Estão todos avisados que os abusos serão coibidos. Ninguém vai fazer loucura.-
Sampaio acha que será possível encontrar na capital carioca preços semelhantes aos cobrados na África do Sul, em 2010.
- Acredito que se possa projetar algo em torno de R$ 500 a R$ 600 de diária para os hotéis 3 estrelas. Em hotel 5 estrelas deve chegar a R$ 800 ou R$ 900 no apartamento standard. Acho uma média aceitável.-
O torcedor deve se informar bem, pois muitos hotéis tem quartos já reservados pela Match, agência de viagens oficial da FIFA, que comercializa hospedagem atrelada aos ingressos dos jogos. A regra é a seguinte: nas 12 sedes, 30% da capacidade de cada estádio tem que ser disponibilizada em quartos para a FIFA. Ou seja, em uma cidade que tenha arena com capacidade para 50 mil torcedores, são necessários 15 mil quartos. A Match pagou por essas diárias e agora está revendendo por preços mais caros. Nesses valores não há possibilidade de interferência. A boa notícia é que depois do sorteio, muitas acomodações estão sendo devolvidas, já que a empresa trabalha com as suas necessidades. Em Natal, por exemplo, a devolução já chega a metade do que foi solicitado anteriormente. Com isso, os preços tendem a cair. No Rio de Janeiro, sede da final do Mundial, a capacidade hoteleira é de 28 mil quartos. A previsão é que eles só sejam totalmente ocupados em dias de jogos:
- Estamos trabalhando com a projeção de 100% de ocupação nos dias das partidas. Nos intervalos entre os jogos, deve ficar em torno de 75%, até porque o turismo corporativo não funciona durante a Copa. As empresas não vão mandar seus executivos para viagens nesse período.- falou Sampaio.
A recomendação para os turistas é que entrem em contato com o Procon caso for cobrado nos hotéis preços mais altos do que os da alta temporada.