A liderança pode não durar muito tempo, nem a atual situação no ranking mundial ser das melhores, uma vez que ocupa somente a 127 colocação. Mas Rogério Dutra Silva, o Rogerinho, poderá, no futuro, contar a seus netos que já foi o número 1 do Brasil.
Na lista que será divulgada nesta segunda-feira, pela ATP, ele passará Thomaz Bellucci e aparecerá como principal tenista do país. O jogador de 29 anos, será beneficiado pelo descarte de 150 pontos que o compatriota - atualmente na 119 posição - terá de fazer por não ter competido em Moscou (RUS), onde defendia o vice-campeonato de 2012. Por causa de lesão no ombro direito, Bellucci está afastado das quadras desde o meio de setembro e só retornará a ativa nesta semana, no Challenger de Buenos Aires.
- Fico muito feliz em me tornar o número 1 do Brasil, mas claro que preferia conseguir isso sendo 30, 40 do mundo. Porém, isto é o melhor que temos no momento - reconhece Rogerinho, que ocupou o Top 100 do ranking mundial pela última vez em julho, quando esteve na 95ª posição.
A realidade atual é bem diferente da de uma década atrás, quando o melhor tenista do pais era também o melhor do mundo. Ele atendia pelo nome de Gustavo Kuerten.
Apesar de reconhecer o abismo entre as duas situações, Rogerinho, que não conta com um treinador fixo, espera que o status de número 1 lhe proporcione uma melhor condição. Ele conta com apoio da Babolat (em material esportivo) e dos Correios, parceiro da Confederação Brasileira de Tênis (em dinheiro). A quantia, porém, não é suficiente para disputar todos torneios. Muitas vezes, ele precisa usar verba do próprio bolso.
- Agora, como número 1, as coisas poderiam melhorar - disse Rogerinho, que nunca levou um título de ATP.
Seus melhores resultados são quatro títulos de Challengers, o último deles em Itajaí, em abril. Em Grand Slams, nunca passou da segunda fase, mas já encarou Novak Djokovic e Rafael Nadal, nas edições de 2012 e 2013 do Aberto dos EUA, respectivamente.
- Agora, tenho este peso de ser o número 1. A responsabilidade aumenta.
Perdeu o posto
Depois de quatro anos, o Thomaz Bellucci deixará de ser o melhor representante do Brasil no ranking da ATP. O paulista ocupava este posto desde o dia 21/9/2009. Naquela semana, Bellucci assumiu a 64 posição e ultrapassou Marcos Daniel, que caiu pra o 71 posto. Neste período em que foi o número 1 do país, ele chegou a ocupar a 21 posição do ranking mundial, em julho de 2010.