O São Paulo passa por um dos piores períodos da história (não vence há 12 jogos) e ficou frente a frente com o time sensação do momento, dirigido por um dos mais balados técnicos do mundo. Com estilo defensivo, a equipe brasileira até superou as suas limitações e foi bravo, brigador. Mesmo assim, o Bayern de Munique venceu por 2 a 0, nesta quarta-feira, na Allianz Arena, em jogo válido pela Copa Audi.
Mandzukic e Weiser marcaram para os donos da casa. Pelo lado são-paulino, o goleiro Rogério Ceni foi herói e vilão, com grandes defesas, lembrando até a performance gloriosa de 2005, no tricampeonato mundial. Mas, a imagem ficou manchada ao perder um pênalti no final da partida.
Classificado, o Bayern joga a decisão da Copa Audi nesta quinta-feira, no mesmo local, diante do Manchester City. O time inglês venceu o Milan por 5 a 3 e avançou no torneio. Já o Tricolor encara os italianos, relembrando o título Mundial de 1993.
Ataque contra defesa
Diante de um Bayern sob os cuidados de Guardiola, o técnico Paulo Autuori, como tem insistido nos treinamentos, prioriza o setor defensivo e a rapidez na saída de jogo. E foi assim durante o primeiro tempo. Um São Paulo postado atrás, deixando os Bávaros trabalharem a bola na defesa e no meio da intermediária. Jadson e Osvaldo até marcaram os laterais Rafinha e Alaba.
O domínio dos alemães foi grande. Rodaram bem a bola e buscaram espaços para agredir. O holandês Arjen Robben, herói da última Liga dos Campeões ao anotar o gol da vitória diante do Borussia Dortmund, mas também vilão na decisão contra o Chelsea ao perder um pênalti, em 2012, foi quem mais levou perigo. No habitual drible para o lado esquerdo e chute forte. Tentou encobrir Ceni e arriscou chutes de primeira. Mas em vão. A melhor chance foi com Pizarro, lance em que Toloi tirou a bola de cima da linha.
O goleiro Rogério Ceni fez grandes defesas na etapa inicial (assim como no restante da partida). O São Paulo até tentou um chute, com Aloísio, mas Neuer pegou. O drible de Osvaldo pelo meio das pernas de seu marcador também rendeu elogios dos torcedores são-paulinos que foram ao estádio.
Enfrentar um dos times mais temidos do mundo, em uma das piores fases, pode apresentar dois cenários: aumentar as marcas negativas ou unir ainda mais o grupo e mostrar que tem qualidade para superar esse período. Nos primeiros 45 minutos, os são-paulinos ficaram com a segunda opção.
Segundo tempo
Os jogadores do São Paulo fizeram uma corrente, ainda na escadaria que dá acesso ao gramado, na volta para o segundo tempo. Mas o ímpeto apresentado na etapa inicial só durou até os nove minutos do segundo tempo. O atacante Mandzukic deixou o banco de reservas para ir às redes. Em cobrança de escanteio de Robben, Edson Silva desvia para trás e o jogador do time alemão conseguiu empurrar na segunda trave.
Em desvantagem, o técnico Paulo Autuori colocou o time um pouco mais à frente, sem se descuidar com a defesa, mas aumentando a qualidade no passe e também a velocidade na saída ao ataque. Contudo, a superioridade do Bayern foi grande. Guardiola até trocou alguns jogadores, para rodar o elenco, e os Bávaros permaneceram com o mesmo ímpeto ofensivo, desperdiçando boas oportunidades.
O São Paulo, que sofre com a queda no rendimento físico no segundo tempo, teve as entradas dos reservas para manter o padrão tático e ganhar mais ímpeto em campo. No final da partida, Weiser ainda ampliou, após aproveitar rebote de um chute na trave. Depois, Silvinho ainda sofreu pênalti. Na cobrança, Ceni bateu no canto esquerdo de Neuer, que pegou. Mancha que recai na boa atuação do goleiro.
Mesmo com a derrota e o acréscimo de mais um jogo à marca negativa sem vitórias, os jogadores podem sair com a cabeça erguida, pois sabem que mesmo que seja tortuoso, o caminho para sair da situação pode estar sendo trilhado.
Ataque contra defesa
Bayern derrota o São Paulo por 2 a 0 e avança para a final da Copa Audi
Mandzukic e Weiser fizeram os gols da equipe da casa, ambos no segundo tempo da partida
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