
Não foi da maneira como o técnico Bernardinho queria. Ao conquistar a medalha de prata, e não o ouro, na final do vôlei masculino, nos Jogos Olímpicos de Londres, o técnico da seleção brasileira se tornou o maior medalhista do Brasil em Olimpíadas. Agora, o treinador soma seis medalhas, uma a mais do que os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael. Vale lembrar que os técnicos não recebem oficialmente uma medalha nas competições olímpicas.
Como jogador, Bernardinho foi prata em Los Angeles/1984. Como técnico, ele obteve dois bronzes com a seleção feminina: em Atlanta/1996 e Sydney/2000. Com a equipe masculina, venceu em Atenas/2004 e ficou com as pratas em Pequim/2008 e Londres. Scheidt, por sua vez, soma dois ouros, duas pratas e um bronze, enquanto Torben tem dois ouros, uma prata e dois bronzes.
Na quadra, os campeões em Atenas Dante, Giba, Ricardinho, Rodrigão e Serginho desperdiçaram a oportunidade de se tornarem bicampeões olímpicos. Mas, com exceção de Ricardinho, entraram para a seleta lista de brasileiros com três medalhas olímpicas. Eles se juntam ao velejador Marcelo Ferreira (2 ouros e 1 bronze), à jogadora de vôlei Fofão (1 ouro e 2 bronzes), aos jogadores de vôlei de praia Ricardo (1 ouro, 1 prata e 1 bronze) e Emanuel (1 ouro, 1 prata e 1 bronze), ao cavaleiro Rodrigo Pessoa (1 ouro e 2 bronzes) e ao nadador Cesar Cielo (1 ouro e 2 bronzes).
Os bicampeões olímpicos são o triplista Adhemar Ferreira da Silva, já falecido, os velejadores Torben Grael, Marcelo Ferreira e Robert Scheidt e os jogadores de vôlei Giovane e Maurício. No feminino, com a conquista em Londres, Jaqueline, Paula Pequeno, Sheilla, Fabiana, Thaísa e Fabi entraram para esta lista. O técnico José Roberto Guimarães, da seleção feminina, deixou esse grupo e se tornou o primeiro tricampeão olímpico brasileiro.