
O futebol é magnífico por seus momentos de emoção e por criar heróis improváveis. Breno, 25 anos, ex-Juventude, foi o último contratado do Palmeiras para a temporada – chegou ao clube paulista em novembro. Neste sábado, entrou por causa de lesão grave de Wesley, no segundo tempo, diante do Santos no Maracanã e anotou o gol do título da Libertadores. Ainda foi eleito o craque da final e festejou "entrar para a história."
Breno entrou em campo apenas aos 39 minutos do segundo tempo. De cara, fez uma jogada sem sucesso, com cruzamento travado. Parecia estar ansioso, porém disposto a mudar o rumo de um jogo sem tantas emoções e equilibrado.
O atacante, que podia estar festejando no sábado o acesso à Série A, queria mais. E quando a bola viajou em belo cruzamento de Rony, estava no lugar certo para fazer o que mais sabe: gol.
Tirou a camisa, correu perdido sem saber para onde ir e se emocionou. Emocionou os pais presentes na arquibancada do Maracanã. O gol aos 53 minutos eterniza este mineiro que morava em Joinville entre os grandes heróis do Palmeiras.
— A ficha demora a cair, mas eu sabia o quanto o torcedor queria esse título. O clube buscava há tempos e hoje entro para história. Agora é só comemorar. Meu pai e minha mãe estão aí. É um dia inesquecível na minha vida e para todo torcedor. A partir do momento que eu aceitei esse desafio, tem de estar preparado para tudo. Hoje eu provei que tenho condições de jogar aqui — festejou Breno Lopes.
Breno aproveitou seu momento de êxtase para reverenciar a torcida e dedicar seu dia de herói aos grandes incentivadores da carreira: a família.
— Minha mãe está ali chorando, é para ela, para meu pai, minhas irmãs em Joinville e à minha comunidade, São Bernardo, lá em Belo Horizonte.