Com o Gre-Nal 424 encerrado em 0 a 0, Grêmio e Inter passam a rivalizar por outras questões. Pela primeira vez o Colorado conseguiu terminar uma partida com mais posse de bola na Arena (54%).
— Devo destacar a parte futebolística, que foi nós virmos aqui para atacar. Como falamos durante a semana, não importa onde e contra quem vamos jogar, temos de tentar impor nosso futebol — analisou o técnico colorado Eduardo Coudet.
Porém, a situação foi minimizada por Renato Portaluppi, que viu sua equipe mais atuante.
— Foram sete chutes do Grêmio contra cinco do Inter. Tivemos chances com Luciano, Geromel, Lucas Silva. Teve algum momento em que o Internacional teve vantagem na posse de bola, mas foi muito no campo deles — destacou o treinador gremista.
Zona da posse de bola
Em termos, Renato tem razão. Comparando a zona do campo onde cada equipe concentrou sua posse de bola, é possível atestar que o quadrante onde os colorados concentraram seu jogo está na área central próxima de sua própria área (18%, segundo o Footstats). O Grêmio, por sua vez, obteve sua maior porcentagem no lado direito de ataque (21%).
Separando o campo em três setores, porém, a avaliação dos colorados muda. Enquanto o Inter teve a bola no meio-campo em 37,21% do tempo, o maior número tricolor está no campo ofensivo: 38,87%.
Quem construiu o jogo?
Curiosamente, ninguém teve a bola sob seu domínio por mais tempo que Victor Ferraz. O lateral-direito do Grêmio terminou o jogo com quase 14% de posse. Entretanto, este dado foi acrescido nos minutos finais, quando cada uma das equipes tinha sete jogadores e o Tricolor passou a pressionar muito mais. Ou seja, antes disso, a bola passou mais pelos dois volantes (Lucas Silva e Matheus Henrique) e dois zagueiros (Geromel e David Braz).
O mesmo se dá no Inter, quando os colorados estavam sendo mais atacados e Marcelo Lomba se viu obrigado a fazer "cera". A medida fez com que o camisa 12 terminasse o jogo com 11,4% de posse de bola — a maior de sua equipe. Atrás dele, os zagueiros (Bruno Fuchs e Víctor Cuesta) e os volantes (Musto e Edenilson).