Altitude, longas distâncias e adversários argentinos estão entre as maiores preocupações de Grêmio e Inter no sorteio dos grupos da Copa Libertadores 2019, que ocorre nesta segunda (17), a partir das 21h30min (horário de brasília), no Paraguai. A torcida da Dupla será por evitar longos deslocamentos, partidas em cidades muito acima do nível do mar e, também, rivais argentinos e brasileiros, que costumam ser mais complicados.
— Não dá para querer fugir de muita coisa. Claro que ficamos torcendo para ficar em um grupo mais tranquilo. Bom é escapar dos argentinos e de algum brasileiro que venha ali da pré-Libertadores (Atlético-MG ou São Paulo). E, claro, que viagens longas e altitude nunca é bom — disse o vice de futebol do Inter, Roberto Melo, um dos representantes colorados em Luque, cidade-sede da Conmebol.
Por estar no pote 2, o Inter necessariamente cairá na mesma chave de um dos cinco cabeças de chave estrangeiros: Boca Juniors e River Plate (Argentina), Peñarol e Nacional (Uruguai) e Olimpia (Paraguai), que estão no pote 1.
Já o Grêmio, um dos três cabeças de chave brasileiros (ao lado de Palmeiras e Cruzeiro), não pode cair no mesmo de grupo de outra equipe do primeiro pote e vai prioriza fugir de altitudes elevadas e de longos deslocamentos.
— Se pudermos evitar a altitude é uma coisa boa. E também seria bom ter uma logística mais favorável — ressalta o presidente Romildo Bolzan Júnior, que ficou em Porto Alegre e não faz parte da delegação gremista em Luque.
No pote 3, os principais possíveis rivais da dupla Gre-Nal são os argentinos Rosario Central, Huracán e Godoy Cruz, além de duas equipes que usam a altitude como arma: o boliviano Jorge Wilstermann, de Cochambamba (2,5 mil metros acima do nível do mar), e a equatoriana LDU, de Quito (2,8 mil metros).
Por fim, no pote 4, podem aparecer mais adversários complicados, especialmente os times que estarão na fase preliminar da Libertadores, como os brasileiros São Paulo e Atlético-MG. Destaque também para equipes que se valem de altitudes ainda mais elevadas, como os bolivianos The Strongest, de La Paz (3,7 mil metros) e San Jose, de Oruro (3,7 mil metros) e o peruano Real Garcilaso, de Cuzco (3,2 mil metros).