Foi no sufoco. Muito sufoco. Por pouco, o único representante brasileiro que seguia vivo na Libertadores não se despediu ontem. O Atlético-MG teve de valer-se do saldo qualificado (havia empatado em 2 a 2 no jogo de ida) para eliminar o Tijuana, do México. Mas isso não é tudo: se não fosse um milagre de Victor aos 48min do segundo tempo, ao defender com o pé um pênalti contra a equipe mineira, e o sonho do título inédito dos atleticanos teria virado pó.
A torcida atleticana, que cunhou a expressão "caiu no horto, tá morto" para exibir a força da equipe quando joga no Estádio Independência, não poderia imaginar que a noite seria de tamanha tensão. A jornada foi estranha desde o princípio: o Tijuana foi melhor desde os primeiros instantes. O pesadelo se formou aos 25min, quando Duvier Riascos emendou de primeira um cruzamento para o fundo das redes.
O Independência não silenciou, mas roeu unhas, se enervou. A descarga veio com o gol de empate do zagueiro Réver, que servirá a Seleção na Copa das Confederações. Aparando cruzamento de Ronaldinho, aos 40 min, o ex-gremista deixou tudo igual. Na segunda etapa, o jogo seguiu aberto. O Atlético produziu várias chances, mas também se expôs.
Se expôs a ponto de tomar um contra-ataque mortal aos 47min, quando o Tijuana era todo pressão. Aguilar entrava na grande área quando foi derrubado. Era o fim: se Riascos, que marcou o primeiro gol, repetisse a dose no pênalti, o Atlético estaria fora. E só Victor podia salvar. E salvou.